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“Vacinação dos 30 aos 39 anos começa na próxima semana”

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PSD / Flickr

Luis Marques Mendes

Em mais um comentário semanal no Jornal da Noite da SIC, Luís Marques Mendes voltou a colocar em cima da mesa os assuntos que tiveram maior destaque ao longo da última semana.

O ex-deputado voltou a trazer novidades sobre o processo de vacinação em Portugal e alertou que, apesar de o auto-agendamento ainda só estar disponível para maiores de 43 anos, na próxima semana a faixa etária dos 30 será incluída no processo. “Apurei que a vacinação entre os 30 e os 39 anos vai começar na próxima semana”, referiu.

Marques Mendes espera que até ao verão os jovens com idades a rondar os 18 anos possam ser vacinados senão “pode haver uma calamidade”.

Para Marques Mendes, “a grande notícia” é que a partir dos 60 anos já há mais de 90% de pessoas vacinadas “e são os grupos mais frágeis”.

“A degradação dentro do Governo é enorme”

O político fez ainda uma análise às tensões vividas dentro do PS, mas também sobre a polémica nomeação de Pedro Adão e Silva para dirigir as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e da escolha de Ana Paula Vitorino para Entidade Reguladora dos Transportes.

Luís Marques Mendes entende que a nomeação de Pedro Adão e Silva revelou arrogância por ter sido tomada sem consultar PSD, PCP e CDS. Já a escolha de Ana Paula Vitorino para a Entidade Reguladora dos Transportes revelou tiques de algum sentimento de impunidade.

“A nomeação de Ana Paula Vitorino é outro exemplo de arrogância no poder. Não está em causa a sua competência. Muito menos ser casada com quem é. Mas está em causa a sua independência. É uma ex-ministra. Uma deputada do PS. É tudo menos independente. A questão não é pessoal. É de princípio”, defendeu o social-democrata.

O comentador junta a estes casos a guerra entre António Costa e Pedro Nuno Santos e a recondução de Miguel Frasquilho na TAP, aparentemente uma vontade do ministro que acabou vetada por António Costa, que impôs Manuel Beja para a administração.

“Fernando Medina não é nenhum agente de Moscovo”

Ainda antes de se debruçar sobre o assunto que reuniu a maior atenção mediática esta semana, Luís Marques Mendes fez uma ressalva em relação ao autarca de Lisboa: “Fernando Medina pode ter responsabilidades nisto, mas Fernando Medina não é nenhum agente de Moscovo. Nada aconteceu de forma deliberada, não sejamos exagerados”.

O comentador fazia assim referência às críticas de que tem sido alvo o presidente da Câmara Municipal de Lisboa depois de terem sido enviados às autoridades russas os nomes, moradas e contactos de três ativistas russos.

Marques Mendes sublinha que o incidente é “inacreditável” e “grave” e frisa que “Fernando Medina não tem razão quando diz que isto é um erro burocrático, não é. Isto é uma grave violação da lei”, continua, lembrando o Regulamento Europeu de Proteção de Dados, em vigor desde 2018.

O social-democrata criticou ainda a comunicação feita pelo secretário-geral adjunto, José Luís Carneiro, quando atribui o incidente à lei de 1974, que regulamenta o direto à manifestação. “É uma mentira pegada”, disse.

Numa nota final, o comentador sublinhou ainda que “o primeiro-ministro é a única pessoa que não se pronunciou sobre esta matéria”. Marques Mendes diz não acreditar que o silêncio se deve ao facto de António Costa ter sido presidente da Câmara em questão, mas reforça: “Que o silêncio não ajuda, lá isso é verdade”.

IL “não deveria ter feito o que fez”

Em análise ao facto da Iniciativa Liberal ter realizado um arraial de Santo António, quando a câmara proibiu todo o tipo de festejos no fim de semana, Marques Mendes sublinha que a atitude do partido “é um monumental tiro no pé” e é “um mau exemplo”.

O comentador refere que a IL “não deveria ter feito o que fez”, em primeiro lugar “por uma questão de coerência, pelo facto de o partido ter atacado o PCP com a Festa do Avante . “Considerando que isso era um privilégio de um partido político, não podia usar agora um privilégio em tudo igual ou em tudo semelhante. É uma questão de coerência”.

Em segundo lugar, Marques Mendes considerou que apesar de o partido ter o direito de dizer que deve haver arraiais nos Santos Populares em Lisboa, “deve acatar as decisões dos órgãos legítimos”.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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