“Vacina pode ser a única ferramenta para regressar à normalidade”, diz Guterres

UN Geneva / Flickr

António Guterres, secretário-geral da ONU

O secretário-geral das Nações Unidas considerou, esta quarta-feira, que “uma vacina segura e eficaz pode ser a única ferramenta que permite o retorno do mundo a um sentimento de normalidade”.

Numa videoconferência com representantes de cerca de 50 países africanos membros da organização, António Guterres admitiu que tal vacina “pouparia milhões de vidas e milhares de milhões de dólares”.

Por isso, apelou para a aceleração do desenvolvimento de uma vacina de acesso “universal”, que permita “controlar a pandemia” do novo coronavírus, e revelou-se esperançado de que a mesma possa estar disponível antes do fim do ano.

“Precisamos de um esforço ambicioso e uma abordagem harmonizada, integrada e otimizada para maximizar a velocidade e a escala necessárias para o desenvolvimento universal de tal vacina até ao final de 2020”, insistiu o secretário-geral da ONU.

Guterres revelou ainda que foram já angariados “cerca de 20%” dos dois mil milhões de dólares em donativos necessários para implementar um vasto programa humanitário de resposta à pandemia por parte da ONU.

Desde o início da pandemia, a ONU equipou 47 países africanos com testes para a covid-19, graças à Organização Mundial da Saúde, referiu o secretário-geral, que elogiou ainda os esforços de vários governos africanos para mitigar as consequências da pandemia.

O secretário-geral das Nações Unidas foi uma das vozes críticas sobre a decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump, de cortar o financiamento à OMS. “A minha convicção é que a Organização Mundial da Saúde deve ser apoiada por ser absolutamente essencial aos esforços do mundo para ganhar a guerra contra a covid-19″, salientou.

Entre os exemplos enumerados, António Guterres apontou ainda o apoio alimentar proporcionado por Cabo Verde, país africano de língua oficial portuguesa.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 131 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 436 mil doentes foram considerados curados. Segundo os dados mais recentes, o continente africano regista 874 mortos e um total de 16.285 infetados.

ZAP // Lusa

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