Portugal vai manter as atuais medidas preventivas da covid-19 até ao final de agosto, incluindo o uso obrigatório de máscara em transportes públicos, lares e estabelecimentos de saúde.
O decreto de renovação da situação de alerta será aprovado na reunião do Conselho de Ministros, esta quinta-feira, avança o jornal Público.
Portugal já atingiu as condições necessárias, definidas pelos peritos, para aliviar as últimas restrições sanitárias. Os peritos tinham definido um limiar para que todas as restrições caíssem: 20 mortes por milhão de habitantes a 14 dias e menos de 170 camas ocupadas em unidades de cuidados intensivo.
Em declarações aos jornalistas, esta quarta-feira, o secretário de Estado Adjunto da Saúde, António Lacerda Sales, salientou que as medidas em vigor têm de ser consolidadas.
“Não devemos baixar a guarda. Ainda que estejamos a atingir valores decrescentes, acho que devemos manter algumas medidas cautelares, e essas medidas devem ser consolidadas durante mais algum tempo”, disse o governante.
Lacerda Sales explicou que o objetivo é “dentro de algum tempo a covid-19 inexistir”. No último relatório da DGS e do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), disse-se que era “expectável a manutenção da diminuição da procura de cuidados de saúde”.
Desde o dia 21 de abril, o uso de máscara em espaços fechados deixou de ser obrigatório, mantendo-se como exceções os transportes públicos, os lares e os estabelecimentos de saúde.
A máscara manteve-se nos transportes públicos por estes serem espaços de “elevada intensidade de utilização, difícil arejamento e inexistência de alternativas”. Já os estabelecimentos de saúde, a máscara é justificada pela presença de “pessoas especialmente vulneráveis”.