Na sequência do Conselho de Ministros, a Ministra da Saúde anunciou um relaxamento das medidas e o fim do uso obrigatório de máscara nos espaços fechados. As excepções são os transportes públicos e os locais onde estejam pessoas com factores de risco, como lares de idosos e hospitais.
Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros desta quinta-feira, Marta Temido e Mariana Vieira da Silva anunciaram um relaxamento das medidas para a contenção da pandemia, seguindo a tendência de outros países europeus. O anúncio foi feito no Antigo Ministério do Mar, onde, a partir de agora, serão feitos os briefings do encontro, em vez de no Palácio da Ajuda.
O uso obrigatório de máscara vai manter-se apenas nos locais onde estejam pessoas com factores de risco, como hospitais ou lares de idosos, e em locais onde haja uma grande concentração de pessoas e má ventilação, como transportes públicos, caindo em todos os outros espaços fechados. Assim, o seu uso vai deixar de ser imposto nas salas de aula.
“São estas as duas circunstâncias em que se mantém a obrigatoriedade de utilização de máscaras, sem prejuízo da sua utilização recomendável em termos de medida de saúde pública em determinadas circunstâncias”, esclarece a Ministra.
A Ministra da Saúde justificou as decisões com a “evolução positiva” dos dados e enfatizou os internamentos. “O número de internados, quer em enfermaria, quer em cuidados intensivos está estável e decrescente”, sublinhou Marta Temido, apesar da mortalidade ainda estar nas “27,9 mortes por cada por cada 100 mil habitantes”.
O critério estipulado inicialmente era 20 mortes por 100 mil pessoas e a Ministra reconhece que “não encontrámos ainda o número ideal de óbitos por cada 100 mil habitantes”, no entanto, esta incluiu-se “dentro dos valores de referência esperados para esta época do ano” e tem estado “estável” desde Fevereiro.
Para além disto, a alta cobertura vacinal em Portugal, os novos fármacos de tratamento à covid-19 e a proximidade do Verão ajudaram a motivar o relaxamento das medidas, já que as temperaturas mais altas dificultam a transmissão do vírus.
Marta Temido já tinha avançado que se previa um alívio das restrições em Abril, a não ser que surgisse um imprevisto, como uma nova variante. A governante reforça que a máscara pode voltar caso a evolução pandémica o exija e que as medidas serão revistas “sazonalmente”. O estado de alerta vai continuar até 5 de Maio.
Vão também deixar de haver regras para testes, sendo estes apenas exigidos em contextos específicos que vão ser determinados pela Direcção-Geral da Saúde. O certificado de vacinação também deixa de ser exigido socialmente e nos cuidados de saúde. “Regressamos ao contexto de maior normalidade”, remata a Ministra.
Sobre uma eventual quarta dose da vacinação, Temido remete a decisão para as orientações dadas pela Agência Europeia do Medicamento e afirma que o Governo ainda está a avaliar como vai preceder, mas ressalva que a nova onda de vacinação “acontecerá antes do próximo Outono e Inverno”, podendo esta ainda ser antecipada.
Fim do uso obrigatória de máscara começa hoje
O decreto-lei que altera e simplifica as medidas no âmbito da pandemia de covid-19, incluindo a redução da obrigatoriedade do uso de máscaras, foi esta quinta-feira publicado em Diário da República e entra em vigor já esta sexta-feira.
De acordo com o documento, o Governo considera que a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços interiores pode ser “objeto de um novo enquadramento, continuando a assegurar a proporcionalidade das medidas restritivas às circunstâncias da infeção que se verificam em cada momento, independentemente da necessidade da sua modelação futura, designadamente, em função da sazonalidade”.
“Assim, entende o Governo limitar a obrigatoriedade do uso de máscara aos locais caracterizados pela especial vulnerabilidade das pessoas que os frequentam e aos locais caracterizados pela utilização intensiva sem alternativa, atento o especial dever de guarda e de manutenção do sentimento de segurança da comunidade que ao Estado compete”, lê-se.
O Presidente da República promulgou esta quinta-feira o diploma do Governo que reduz a obrigatoriedade do uso de máscaras no âmbito da pandemia de covid-19.
Marcelo Rebelo de Sousa anunciou na sua página oficial que “promulgou o diploma do Governo, recebido esta tarde, que procede à alteração ao Decreto-Lei n.º 10-A/2020, de 13 de março, na sua redação atual, que estabelece medidas excecionais e temporárias no âmbito da pandemia da doença COVID-19, reduzindo designadamente a obrigatoriedade do uso de máscaras”.
Adriana Peixoto, ZAP // Lusa
Graça Freitas não gosta desta notícia
Finalmente, graças a Deus…
Esperem pelo resultado. Não se cuidem e depois queixem-se!
O resultado, vai ser uma redução de casos como se tem visto noutros países, isso porque apesar das máscaras que poderiam ser a melhor ajuda contra a pandemia acabou por ser talvez o maior factor de contágio.
A única coisa que fez foi dar uma (falsa) sensação de segurança.
Para ser eficiente, teríamos de trocar a máscara:
* a cada 3 horas de uso
* sempre que a retiramos, por exemplo, no restaurante
* a cada hora se estivermos numa zona em constante contacto com elevado número de pessoas, como por exemplo, sempre que saímos de um transporte público lotado
Em adição deveríamos usar a máscara correctamente, e lavar as mãos imediatamente quando a deitamos fora e antes de colocar a outra.
Na realidade não vi ou conheci ninguém que fizesse o básico que seria trocar a cada 3 horas, o que se via era máscaras a durar o dia todo (… ou a semana), entramos no café ou restaurante e as máscaras estão dobradas e em cima da mesa, prontas a usar se formos à casa de banho, e quando entramos num centro de comercial vemos as máscaras mesmo debaixo do nariz.
Mesmo o primeiro-ministro ou a Graça Freitas, nestas apresentações televisivas, chegam de máscaras, tiram, dobram e põem no bolso, no final voltam a colocar a mesma máscara… o povo segue o exemplo!!!
Agora use o bom senso e pense que as máscaras estão colocadas ao nível da cara e sujeitas a todos os vírus que circulam no ar, vão captando todos esses vírus ao longo do uso ou quando estão em contacto com superfícies e depois colocámo-las mesmo junto ás vias respiratórias e muitos ainda as colocam mesmo a baixo do nariz, o que acha que acontece quando colocamos essa coleção de vírus mesmo debaixo do nariz !!!
Mas enfim, se você se sente seguro com máscara, pode continuar a usar-la, não está proibido, mas ao menos use como deve de ser.
O seu comentário faz todo o sentido quanto ao incorrecto ou mau uso da máscara. Atrevo-me mesmo a dizer que a maior parte (+- 90%) de quem a usa, mesmo os nossos governantes, não tem a noção do que faz. Mas também devo acrescentar que mesmo usá-la correctamente não é ou pode não ser suficiente, por haver outras medidas a terem de ser tomadas para além do seu uso e da desinfecção das mãos, medidas essas que não são tidas em conta. Sobre tais medidas, tive o cuidado de elaborar um texto em 2020 e distribui-lo via NET por mais de uma centena de pessoas, pedindo que, se estivessem de acordo, o reencaminhassem, com o intuito de as alertar para os riscos de que ninguém tinha falado nem haveria de falar até agora.
Mas o problema também tem de ser colocado relativamente a certos hábitos difíceis de combater. E poderíamos começar pelo que refere no seu comentário: a ida aos restaurantes. E pergunto: alguém pensará que ir ao restaurante, como ao bar, café ou discoteca, para comer ou beber, o fará sem correr riscos? Todos estão sujeitos, e muita gente terá sido lá infectada.
Pois é, mas toda a gente pensa e argumenta que não satisfazer esses hábitos é privar-se de liberdades fundamentais, mesmo que não saiba o que isso possa ser.
O problema, que poderia ter sido bem menor se todos estivéssemos dispostos a resolvê-lo, prolongou-se e continuará a alarmar e a matar muita gente. Pena é que muitos inocentes fiquem doentes ou morram, por culpa de incautos e até criminosos que, sabendo que estão infectados, andam por aí à solta.
Esquece-se de um pormenor importante, bom vários, mas vou focar em apenas um.
O vírus veio para ficar, vai levar anos até que desapareça, vai fazer aquilo que todos os vírus fazem, criar variantes e perder força tornando-se endémico e sazonal.
Perante o comentário sobre o risco de ir a locais públicos, para si talvez não seja importante, mas para mim, gastar dinheiro que trabalhei para conseguir faz parte de viver e desfrutar da vida, se corta idas aos bares, restaurantes, cinemas, etc… deixa de socializar !!
O risco está em todo lado, e pessoalmente prefiro arriscar e viver, do que respirar apenas para estar isolado.
Por outro lado, os bares, restaurantes e outros empregam uma grande parte dos portugueses e se fecharam aumentamos o desemprego e pagamos mais impostos para pagar todos os apoios que o estado vai ter de dar.
Ora se vou pagar, prefiro poder escolher onde vou pagar e aproveito para desfrutar do serviço que oferecem.
Pelo que se depreende do seu comentário, fazemos parte de gerações diferentes, temos diferentes experiências de vida e, consequentemente, conceitos diferentes quanto ao «viver e desfrutar a vida». Daí podermos não estar totalmente de acordo com os pontos de vista um do outro. Mas isso é normal. Importante é termos consciência das razões que nos levam a concordar ou a discordar das opiniões alheias.
De resto, se ir aos restaurantes, bares, cinemas, etc. é assim tão importante para o desfrutar da vida, parece que desse modo a vida não é muito valorizada. Mas enfim, cada um é que sabe.
Prefere «arriscar e viver (a) estar isolado». Naturalmente, nem eu sugeri o isolamento pelo isolamento.
Quanto ao aumento do desemprego em consequência do eventual encerramento de «bares, restaurantes e outros», não me parece que isso possa ser problema de maior. O país, que já deita mão de muitos imigrantes para resolver a falta de mão-de-obra, continua a carecer de milhares de profissionais qualificados. Só não trabalha quem não quer.
Boa notícia! 😉