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Universidade perdoa 700 mil dólares em dívida de licenciados atingidos pela pandemia

A Delaware State University, nos Estados Unidos, anunciou que vai perdoar até 730.655 dólares em dívidas de estudantes recém-licenciados que têm enfrentado dificuldades financeiras durante a pandemia de covid-19.

“Muitos licenciados em todo o país deixarão as suas faculdades com dívidas, tornando difícil para eles arrendar um apartamento, cobrir os custos de mudança ou preparar-se para as suas novas carreiras ou pós-graduação. Embora saibamos que os nossos esforços não ajudarão todas as suas obrigações, todos sentimos que era essencial fazer a nossa parte“, disse Antonio Boyle, vice-presidente de gestão estratégica de matrículas.

Num comunicado divulgado no site da universidade norte-americana, Boyle estima que cada estudante, em média, ficará com 3.276 dólares de dívida perdoada.

Os fundos necessários para cancelar a dívida destes alunos foram disponibilizados através do Plano de Resgate Americano, um projeto de estímulo económico de 1,9 biliões de dólares para aliviar os efeitos da pandemia de covid-19.

“Os nossos alunos não vêm aqui apenas para uma experiência universitária de qualidade. A maioria está a tentar mudar a trajetória económica das suas vidas para eles próprios, para as suas famílias e para as suas comunidades. A nossa responsabilidade é fazer tudo o que pudermos para colocá-los no caminho certo”, disse, por sua vez, o presidente da universidade, Tony Allen.

Ainda antes da pandemia, a Delaware State University tem feito um esforço contínuo para reduzir as dívidas dos seus estudantes.

“Não aumentamos as nossas propinas há mais de seis anos; entregamos a cada aluno que chega um iPad ou um MacBook; estamos a substituir os livros didáticos tradicionais por edições digitais mais baratas, e a nossa Early College High School poupa, em média, quase 50 mil dólares a cada família em despesas com a faculdade”.

A educação universitária nos Estados Unidos é um grande encargo para as famílias e leva a que muitas vezes se peçam empréstimos bancários para ajudar a pagar as propinas. Para que se tenha uma noção, um ano letivo nos EUA pode custar entre 26 mil e 60 mil dólares.

Daniel Costa, ZAP //

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