A Universidade de Aveiro vai formalizar o pedido de acreditação em outubro e espera aprovação no início do ano para abrir o curso de Medicina, com cerca de 40 vagas.
“Estamos agora a finalizar o dossier para submeter o processo em outubro. Cumprimos todas as exigências e temos as condições para abrir o curso já no próximo ano”, revelou ao Expresso o vice-reitor da Universidade de Aveiro, Artur Silva.
O ensino, baseado em casos clínicos, será feito em parceria com os centros hospitalares do Baixo Vouga (Aveiro), Entre Douro e Vouga (Santa Maria da Feira) e Gaia-Espinho, além de seis agrupamentos de centros de saúde (ACES) das regiões Norte e Centro.
No ano passado, um consórcio entre a universidade e estas instituições já resultou na abertura de um centro académico para promover o ensino e a investigação na área da saúde.
“Já oferecemos várias licenciaturas, mestrados e programas doutorais na área da Saúde, o que nos deu base para avançar com esta candidatura”, explicou Artur Silva ao Expresso.
O chumbo da abertura de cursos de Medicina noutras instituições de ensino gerou polémica no passado. Em 2019, o primeiro-ministro António Costa criticou o exercício dos poderes regulatórios de algumas ordens profissionais, em especial a dos médicos, para restringir a concorrência e limitar o acesso à formação, considerando que tal impede a resposta às carências.
Como tal, o curso de Medicina da Universidade de Aveiro terá ainda de receber luz verde da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). Contudo, o projeto conta com o apoio do Governo.
No ano passado, o então ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, defendeu que “devem abrir mais cursos de Medicina” e disse estar em conversações com as universidades de Aveiro, Évora e Trás-os-Montes e Alto Douro.
“A Universidade de Aveiro é a que está mais bem posicionada”, adiantou Heitor, na altura, em declarações ao semanário.
A Universidade de Évora também tenciona abrir um curso de Medicina, embora o projeto esteja ainda numa fase embrionária.
Nos últimos anos, outras instituições de ensino superior viram rejeitados os seus pedidos de abertura de cursos de medicina.
É o caso do Instituto Universitário de Ciências da Saúde da CESPU, uma das quatro escolas superiores da instituição, na qual são já ministrados os cursos de Medicina Dentária e Veterinária.
A instituição mantém desde 2008 o Hospital da Misericórdia de Paredes, no âmbito de um protocolo com a Santa Casa da Misericórdia local, e segundo um docente ouvido pelo ZAP “preenche todos os requisitos” para abrir um curso de Medicina — o que parece não ser suficiente para que as suas candidaturas sejam aprovadas.
Lê atentamente Portugal! Lê e percebe quais os verdadeiros motivos da falta de médicos.
Para os mais distraídos:
1. Os médicos NÃO PERMITEM o aumento do número de médicos no ativo para que, os que estão, possam trabalhar em 4 ou 5 locais em simultâneo. Basta quererem.
2. Os políticos, pressionados por uma ordem profissional repleta de gente oriunda da «família mais rica da vila», sempre cederam à pressão e colocaram o país de joelhos à mercê dos Srs. Drs.
Arrisco já dizer que a Universidade de Aveiro vai ver o processo misteriosamente adiado e se chegar demasiado perto de realmente abrir a licenciatura, teremos o Sr. Bastonário da ordem dos médicos na TV (à semelhança do que já aconteceu no passado!!!) a dizer que está em risco a prestação de cuidados de saúde, de qualidade, aos doentes.
@ZAP Noticias
Parabéns pela noticia! Está na altura de alguém pôr o dedo na ferida.
Os médicos dizem que é uma questão de dinheiro.
Os políticos (que vão aos hospitais e clinicas privadas) fingem que não sabem como resolver o problema
O povo é quem sofre na pela a ganancia dos médicos e a complacência criminosa dos políticos.
Sobram vocês: Jornalistas. O que vão fazer? Sejam o catalisador da solução. Coloquem a nu na praça pública o que esta gente tem andado a fazer ao país. Digam a verdade aos Portugueses. Médicos e políticos, colocaram o SNS à beira do abismo.
Excelente ! ….. mas vamos formar mais Médicos para o Privado e Países Estrangeiros , ou com obrigação de Trabalho exclusivo no SNS , durante uns Anos ?