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Unidades deixam de fazer cirurgia ao cancro da mama. “É curioso: numa área sem problemas…”

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Mário Cruz / Lusa

Oeste, Cova da Beira, Guarda, Baixo Mondego, Barcelos/Esposende e Nordeste: deixaram de realizar cirurgias. Há algumas questões à volta desta decisão.

Desde ontem, segunda-feira, sete unidades locais de saúde deixam de realizar cirurgias ao cancro da mama.

As unidades em causa são: Oeste, Cova da Beira, Guarda, Baixo Mondego, Barcelos/Esposende e Nordeste.

A Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde decidiu fechar as unidades com menos de 100 cirugias ao cancro da mama por ano, e com menos de dois cirurgiões dedicados. A ideia é garantir maior experiência, qualidade e segurança nas intervenções cirúrgicas.

É uma decisão que não favorece o “acesso aos cuidados de saúde”, ou o tratamento das mulheres doentes com este problema oncológico, reagiu o bastonário da Ordem dos Médicos.

Não estão em causa, nem os critérios científicos que originaram esta medida, nem a “necessidade de concentração de recursos”.

Mas Carlos Cortes disse na RTP que “não deixa de ser curioso” que se faça esta intervenção numa área médica “que não tem problemas”.

“Portugal na área do cancro da mamã, da cirurgia do cancro da mama, é dos países com melhores resultados a nível europeu. Portanto, é curioso estar a alterar uma área da intervenção em saúde (…) em que os resultados portugueses são bons resultados”, analisou o responsável.

Outros aspectos “muito importantes” são: o menor acesso aos necessários cuidados de saúde; e “isto vai contra tudo o que tem sido desenvolvido para fixar médicos em área mais carenciadas. Nomeadamente, áreas do Interior (…), que têm falta de médicos, têm falta nomeadamente de cirurgiões”, reforçou o bastonário, acrescentando que a formação médica também está em causa.

“Portanto, há aqui um conjunto de aspectos que, do nosso ponto de vista, não foram tidos em conta”, comentou Carlos Cortes.

ZAP //

1 Comment

  1. Estava tudo a correr bem.
    Não havia nexexidade…
    a não ser por parte dos snrs. doutores médicos e suas rivalidades, nada respeituosas dos direitos e bem estar dos utentes, que são quem paga a peso de ouro as consequências dos caos instalados, cujas motivações raramente expõem de forma honesta, clara e credível.

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