EPA/Mykola Tys

E 70% face ao mês de março do ano anterior. Monitores de direitos humanos da ONU identificaram 164 mortos e 910 feridos, a maioria, atingida por mísseis de longo alcance e drones “suicidas”.
No mês de março, foram registados 164 civis mortos e 910 feridos na Ucrânia, um aumento de 50% em relação ao mês anterior e de 70% face ao mesmo período do ano passado.
Os dados foram recolhidos pela Missão de Monitorização dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia, na sua atualização mensal, divulgada esta quarta-feira.
A missão descreve bombardeamentos quase diários com drones. O levantamento indica que 95% das vítimas estavam em território controlado pelo governo ucraniano e foram atingidas por mísseis de longo alcance e drones “suicidas”. Estes armamentos transportam munições explosivas e sobrevoam uma área à procura de um alvo, lançando-se contra ele quando o detetam.
A chefe da Missão da ONU, Danielle Bell, afirmou que “os bombardeamentos quase diários com drones de longo alcance mataram e feriram dezenas de civis por todo o país”.
O Gabinete da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, OCHA, relatou mais uma vaga de ataques em Dnipro, Kramatorsk e Kharkiv na madrugada desta quarta-feira, que provocou muitos feridos e causou danos em edifícios residenciais.
Trabalhadores humanitários estão no local para avaliar as necessidades e prestar apoio às pessoas afetadas. Um dos locais mais afectados em março foi Kryvyi Rih, situada a cerca de 70 km da linha da frente do conflito. Cinco ataques lançados pelas forças armadas russas sobre a cidade mataram pelo menos seis civis e feriram outros 66. Entre os locais atingidos nestes ataques estavam edifícios civis, incluindo dois hotéis e um restaurante.
Os ataques mortais contra a cidade continuaram em abril, incluindo um míssil balístico que caiu sobre um parque infantil a 4 de abril, matando 19 civis, incluindo nove crianças, e alegadamente ferindo 74, entre os quais 12 menores.
Este foi o ataque mais mortal contra crianças verificado pela Missão de Direitos Humanos desde o início da invasão em grande escala pela Rússia, em fevereiro de 2022.
“Padrão brutal de morte, destruição deve terminar”
O Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, expressou consternação com o ataque e apelou a uma investigação rápida, exaustiva e independente.
A Missão de Monitorização também confirmou que dois hospitais em funcionamento foram atacados várias vezes em março com drones “suicidas” lançados pelas forças armadas russas. Em todos os casos, as equipas hospitalares seguiram os protocolos de segurança para garantir que pacientes e profissionais de saúde estivessem em locais protegidos.
Num discurso proferido no Conselho de Segurança na terça-feira, o subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários apelou à comunidade internacional para que faça mais no sentido de proteger os civis sob ataque.
Tom Fletcher afirmou que “este padrão brutal de morte e destruição de civis em zonas povoadas tem de acabar”. Sublinhou ainda que quase 13 milhões de pessoas em toda a Ucrânia necessitam de apoio humanitário. A maioria são mulheres, crianças, idosos e pessoas com deficiência.
// ONU News
Guerra na Ucrânia
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Vão ficar na História como os genocidas do XXI.