Evacuação de civis de Mariupol volta a falhar. Ucrânia e Rússia trocam acusações

Roman Pilipey / EPA

A Ucrânia tentou reativar os corredores humanitários para a retirada de civis de Mariupol e Volnovakha, mas a operação voltou a falhar.

Este sábado, a Rússia anunciou um cessar-fogo temporário a partir das 10:00 em Moscovo, de forma a que pudesse ocorrer a retirada de civis. No entanto, a Ucrânia argumenta que o cessar-fogo não foi respeitado pelos russos e os corredores humanitários foram mesmo suspensos.

“A partir das 10h55, o cessar-fogo foi confirmado apenas no território da região de Donetsk. Mais adiante, na região de Zaporozhye, há batalhas. Estamos a negociar com o lado russo para confirmar o regime de cessar-fogo ao longo de toda a rota de evacuação da população civil de Mariupol”, disse Pavel Kirilenko, líder da Administração Estatal Regional de Donetsk, através do Telegram.

Já este domingo, um líder separatista volta a dizer que os corredores humanitários serão abertos em Mariupol e Volnovakha.

“Pela manhã, os corredores humanitários serão abertos novamente tanto em Mariupol quanto em Volnovakha”, disse o vice-chefe da Milícia Popular da República Popular de Donetsk, citado pela agência TASS.

“Esperamos que os comandantes ucranianos encarregados de defender as localidades povoadas comandem os seus subordinados para desbloquear as saídas para que os civis possam deixar esses locais”, acrescentou Eduard Basurin.

No entanto, a abertura de corredores humanitários para permitir a saída dos civis de Mariupol voltou a falhar. Separatistas pró-russos e a Guarda Nacional da Ucrânia acusaram-se mutuamente de não terem estabelecido a passagem segura acordada, escreve o Público.

Um membro do Regimento Azov da Guarda Nacional diz que as forças russas e pró-russas cercaram a cidade portuária.

Por sua vez, o responsável da administração da república de Donetsk acusa os ucranianos de não terem cumprido o cessar-fogo.

De acordo com o governador de Donetsk, a evacuação seria das 10h às 21h (de Portugal Continental).

Através do Twitter, a Organização Mundial de Saúde confirmou também seis relatos de ataques russos a instalações de cuidados de saúde na Ucrânia.

ZAP //

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