A Uber anunciou esta quinta-feira que vai despedir 3.700 funcionários, cerca de 14% do total de trabalhadores, para reduzir os custos e enfrentar a crise provocada pela pandemia de covid-19.
A eliminação de empregos vai concentrar-se nas equipas de atendimento ao cliente e contratações, explicou a empresa num documento enviado ao regulador bolsista norte-americano citado pela agência Lusa.
A plataforma de transporte de passageiros anunciou também que o seu presidente executivo, Dara Khosrowshahi, vai renunciar ao salário base até ao final do ano para reduzir os gastos da empresa durante a pandemia.
No último exercício, Dara Khosrowshahi ganhou por essa via um milhão de dólares, mas a maior parte da sua remuneração foi feita através de bónus e ações, segundo a agência Efe.
Depois de ser conhecida esta informação, os títulos da Uber recuavam cerca de 2% na bolsa de Nova Iorque. A empresa tem previsto anunciar na quinta-feira os resultados trimestrais, que devem permitir conhecer melhor o impacto da pandemia na sua atividade.
A principal concorrente da Uber nos Estados Unidos, a Lyft, também anunciou na semana passada um corte de 17% dos seus funcionários.
Na atual pandemia do novo coronavírus, os Estados Unidos são, neste momento, o país com mais mortes associadas à doença covid-19 (71.078) e com mais casos de infeção confirmados (mais de 1,2 milhões).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias France-Presse (AFP), a pandemia de covid-19 já provocou mais de 257 mil mortos e infetou quase 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
ZAP // Lusa