Pelo menos 150 recém-nascidos estiveram em contacto com estagiária do Hospital de Viseu diagnosticada com tuberculose.
Pelo menos 150 bebés terão de ser rastreados para afastar sinais de tuberculose, após entrarem em contacto com uma aluna de enfermagem diagnosticada com a doença no hospital de Viseu.
A aluna, em estágio de segundo ano de enfermagem na Obstetrícia do Hospital de Viseu foi diagnosticada com a bactéria nos pulmões em meados de novembro e apresentou sintomas muito semelhantes aos da gripe. Está a recuperar em casa.
Apesar de o diagnóstico ter sido confirmado poucos dias antes do Natal, apurou o Jornal de Notícias, os pais das centenas de crianças só começaram a ser contactados esta quarta-feira.
Avança o Correio da Manhã este domingo que 50 bebés já foram submetidos a um raio-x e a exames de despiste da bactéria e nenhum apresentou quaisquer sintomas da doença.
As outras 100 crianças vão efetuar análises ao sangue e ser submetidas a um teste cutâneo da tuberculina nos próximos dias e vigiadas pelos serviços de saúde, uma vez que o período de incubação da doença pode ir até aos três meses de idade.
Apesar de ser uma doença controlável e tratável, a tuberculose protagoniza ainda taxas elevadas em Portugal — uma das mais altas na Europa Ocidental.
A infeção bacteriana, primariamente pulmonar, é causada pelo Mycobacterium tuberculosis. A transmissão ocorre principalmente através do ar, quando pessoas infetadas tossem ou espirram.
As populações vulneráveis, incluindo pessoas com HIV, sem-abrigo, e indivíduos em situações de pobreza, são particularmente afetadas.