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Tsipras convoca referendo sobre acordo com os credores para 5 de julho

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Oliver Hoslet / EPA

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, com o primeiro-ministro de Espanha, Mariano Tajoy

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, com o primeiro-ministro de Espanha, Mariano Tajoy

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, revelou a intenção de convocar um referendo sobre se deve, ou não, ser aceite o acordo com os credores internacionais, segundo a televisão Skai TV, que cita fontes próximas do executivo.

O referendo deverá ter lugar no dia 05 de julho, adianta a agência Bloomberg, citando a televisão grega.

A decisão surge depois de esta noite o núcleo duro do governo grego ter estado reunido de emergência depois de mais um dia de impasse nas negociações com os credores.

Para sábado, em Bruxelas está prevista mais uma reunião do Eurogrupo para as 14:00 (13:00 de Lisboa).

Este novo encontro dos ministros das Finanças da zona euro – o quarto na mesma semana e o quinto em dez dias – tem como objetivo chegar a um acordo com a Grécia quanto às medidas a adotar pelo país e acontece a três dias do final do prazo para Atenas pagar cerca de 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo fontes diplomáticas, se houver acordo e se o parlamento grego passar as medidas no domingo ou na segunda-feira, serão desbloqueados imediatamente para a Grécia 1.800 milhões de euros de lucros que o Banco Central Europeu (BCE) fez com a dívida pública helénica, a tempo de Atenas pagar o dinheiro devido ao FMI, cujo prazo termina a 30 de junho, na terça-feira.

A proposta dos credores passa ainda por mais financiamento até novembro, mês até ao qual deverá ser estendido o atual programa de resgate.

No total, poderão ir para os cofres helénicos 15,5 mil milhões de euros nos próximos cinco meses, para fazer face às obrigações financeiras para com o FMI e o BCE, mas sendo a libertação desse dinheiro – que irá ser feita por tranches – sempre condicionada à execução das medidas eventualmente acordadas.

Syriza vai apelar ao “não”

O Syriza vai apelar ao povo grego para que vote “não” no referendo de 05 de julho, sobre se deve, ou não, ser aceite o acordo com os credores internacionais, disse à Lusa fonte oficial do partido.

“O Syriza vai apelar ao voto não no referendo” e “estamos seguros que o povo grego vai tornar claro que não aceitará ultimatos da ‘troika’, mas em qualquer circunstância, seja qual for a decisão do povo grego, vamos respeitá-la e queremos sublinhar que a Europa é a nossa casa comum e que a Grécia sempre será parte da Europa”, disse uma deputada do partido do Governo helénico.

De acordo com a mesma fonte, “no dia 25 de janeiro a vontade do povo foi rejeitar o memorando da ‘troika'”.

“É por isso que perguntamos agora ao povo no referendo de 5 de julho se querem aceitar este acordo muito duro, que é contra o mandato que obtivemos no dia 25 de janeiro, ou se querem responder de uma forma democrática”, disse.

/Lusa

8 Comments

    • Pois, realmente o problema disto tudo é onde vão buscar o dinheiro para pagar o referendo!…
      Já os milhares de milhões de euros que exigem que o povo pague (sem este saber para quem, nem porquê), não são questionáveis!!
      Muito bem!…
      Com isto, o Tsipras só demonstra que tem mais respeito pelo povo do que qualquer outro (suposto) represente do povo europeu!
      É pena que, em 2015, ainda seja estranho pedir a opinião ao povo……

  1. Imagino em Portugal… Imagino aqueles eleitores que nem de economia doméstica percebem, os que se pavonearam com cartões de crédito nas caixas dos centros comerciais, férias, roupa, supermercado, carros gama media-alta, tudo a crédito… Imagino serem chamados a decidir o que a técnicos especializados diria respeito. A demagogia vai longe por aqueles lados…

    • Demagogia é tentar fazer dos outros parvos e incapazes!
      Se tu és assim, fala por ti, pois ninguém te mandatou para falar pelos portugueses!
      E, o problema não são os eleitores “incapazes”, mas sim os eleitos incompetentes e parasitas, como os que tu tanto apoias!!!
      Em relação aos gregos, acho muito bem que se faça um referendo; não é só ir atrás das “máfias” como o FMI e companhia, sem qualquer pedido de opinião de quem terá que pagar a factura!
      Era só o que faltava; ter de pagar (nem se sabe muito bem o quê, nem a quem!) e não ter nada a dizer sobre o assunto!
      Só mesmo em mentes muito “pequenas” como a tua é que isso é algo de anormal…

      • Demonstra que não sabe, de todo, o que é o FMI, muito menos quem o integra, como e quem interfere nas deliberações que são colegiais (24 membros). De resto, restam-lhe os juízos de valor e esses ficam com quem os faz… “Parvos e incapazes” saíram-lhe da cabeça dos dedos!
        Aliás, o “comentário pavoneado ” não é de entendedor, tão pouco demonstra entendimento particular de interessado mas sim a fazer passar-se por experimentado politólogo, hábil e inteligente da sociologia. Recorrentemente encosta-se a “personagens” de acção bipolar fora de sítio e desordenadas o que além do mais espelha um ‘QE’ (Quociente emocional) assente em “subjectividades” invariavelmente “gatilhos” de imbecilidade, estupidez, idiotice de tonto(a) como se de um(a) parvo(a) se tratasse e, se calhar, convicto(a) da obrigação pela sua outra inteligência pagar “imposto”.

  2. Caro VIÉS não me leve a mal mas para mim este homem faz bem em o fazer pois em relação as suas palavras ( Imagino serem chamados a decidir o que a técnicos especializados diria respeito. A demagogia vai longe por aqueles lados) está enganado mais uma vez vou enviar este link para verem https://www.youtube.com/watch?v=NVzRrkeBPOQ
    São estes técnicos especializados para si ?
    Demagogia deve ser piada pois para mim isto sim é demagogia ,gastar fortunas em nada enquanto obrigam os povos a passar mal, ai Jesus ao que chegamos nós quando alguém ainda consegue achar que a Europa ainda está bem e é o Futuro

  3. E antes de mais sou só uma pessoa do povo , não estou aqui a fazer politica nem políticos, mas se calhar se por vezes fosse feito por aqui talvez estivéssemos melhor do que agora, Europa era boa se fosse especializada e tivesse os padrões para aquilo que foi feita e não para interesses próprios ou não é da minha opinião?
    Todos os dias na Europa vemos alguém de poder a desviar dinheiros ou metido em problemas com a Justiça, é esta a Europa que o meu Amigo acha de bem e que deve conduzir os nossos Povos ?
    Não sou contra a Europa mas contra o que representa hoje em dia esta sou de certeza.

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