O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou este sábado que vai retirar o sigilo dos arquivos sobre o assassinato do ex-presidente democrata John F. Kennedy, baleado durante uma visita a Dallas, no Texas, no dia 22 de novembro de 1963.
“Sujeito ao recebimento de informações adicionais, permitirei, como presidente, que sejam abertos os arquivos classificados e há muito tempo bloqueados de JFK”, disse Trump pelo Twitter, na sua habitual série de mensagens matutinas na rede social.
O Arquivo Nacional tem até à próxima quinta-feira para decidir quais dos 3.100 documentos sigilosos sobre o assassinato de Kennedy podem ser publicados e quais devem ser mantidos em segredo.
Mas Trump é quem tem a autoridade final para decidir sobre a publicação dos arquivos ou mantê-los guardados por mais 25 anos.
Segundo um porta-voz da Casa Branca, citado este sábado pelo Politico, os assessores de Trump estão a trabalhar para “garantir a publicação da maior quantidade possível desses arquivos na quinta-feira”.
Mas reconheceu que o governo está preocupado com o facto de que alguns registos desses arquivos não foram criados até a década de 1990 e que devem ser revistos para que a publicação dos arquivos não cause um “dano identificável” à segurança nacional.
Um funcionário do Congresso que acompanhou de perto o processo afirmou ao “Politico” que a Agência Central de Inteligência (CIA) pressionou Trump para impedir a publicação de alguns documentos, possivelmente para esconder os métodos de atuação do órgão ou a identidade de alguns espiões que possam ainda estar vivos.
“Suponho que o presidente possa mudar de ideia no último momento, mas, a não ser que o faça, não haverá uma publicação absoluta dessas informações. Veremos muitos arquivos na semana que vem, mas não todos, infelizmente”, disse a fonte, que pediu anonimato.
Quem questiona a versão oficial sobre o assassinato de Kennedy espera impacientemente a decisão de Trump, com a esperança de que os novos documentos possam esclarecer o maior mistério da história recente dos EUA.
Segundo o “Politico”, é possível que documentos datados da década de 1990 sejam publicados com censuras para evitar expor operações de inteligência relativamente recentes.
A maior parte dos 3.100 documentos sigilosos foi feito pela CIA, pelo FBI e pelo Departamento de Justiça. Uma lei de 1992 determina que sejam publicados totalmente na próxima quinta-feira, a não ser que Trump determine o contrário.
ZAP // EFE