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Trump está a ponderar perdoar Edward Snowden

Svein Ove Ekornesvaag / EPA

Este sábado, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que estava a considerar perdoar Edward Snowden, que publicou documentos classificados sobre o programa de vigilância e foi acusado de espionagem.

“Vou pensar nisso. Não estou ciente da situação de Snowden, mas vou começar a olhar para ela”, disse Donald Trump, em conferência de imprensa no seu clube de golfe em Bedminster, em Nova Jérsia.

Numa entrevista ao The New York Post na semana passada, Trump já tinha notado que “há muita gente que acha que ele não está a ser tratado com justiça” pelas autoridades norte-americanos. “Parece um tema fraturante. Muitas pessoas acham que ele devia ser tratado de forma diferente, de alguma forma. Outras pessoas pensam que ele fez coisas muito más”.

Edward Snowden revelou, em 2013, a existência de um sistema de vigilância mundial de comunicações e de Internet, tendo sido acusado pelos Estados Unidos de espionagem e apropriação de segredos do Estado.

Acusado de espionagem por Washington, o norte-americano, que está na origem de numerosas revelações sobre a Agência de Segurança Nacional, obteve em agosto o estatuto de refugiado político na Rússia durante um ano, após ter passado mais de um mês na zona de trânsito do aeroporto Moscovo-Cheremetievo.

De acordo com a agência Reuters, o advogado russo de Snowden, Anatoly Kucherena, disse à agência de notícias RIA que os Estados Unidos não deveriam simplesmente perdoá-lo, mas deveriam retirar todos os processos possíveis contra Snowden, pois não cometeu nenhum crime.  “Agiu não só no interesse dos cidadãos americanos, mas no interesse de toda a humanidade”, disse.

A nova postura de Trump em relação a Snowden representa uma reversão brusca. Pouco depois da revelações de 2013, Trump expressou hostilidade para com Snowden, chamando-o de “um espião que deveria ser executado”.

ZAP //

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