Trump pede ao ministro da Justiça para arquivar inquérito sobre ingerência russa

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Gage Skidmore / Flickr

O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions

O Presidente dos EUA pediu, esta quarta-feira, ao ministro da Justiça para pôr fim ao inquérito sobre a alegada ingerência russa nas Presidenciais de 2016.

Numa mensagem publicada no Twitter, Donald Trump afirmou que a investigação está minada por conflitos de interesses do procurador especial Robert Mueller e manipulada pelos seus adversários políticos.

“É uma situação terrível e o Procurador-Geral Jeff Sessions deve pôr fim a esta caça às bruxas viciada, antes que continue a manchar o nosso país”, escreveu.

O comentário de Trump foi feito um dia depois do início do julgamento do seu ex-diretor de campanha, Paul Manafort, acusado de fraude e branqueamento de capitais, o primeiro julgamento que resulta da investigação de Mueller sobre a ingerência russa na campanha.

O Presidente norte-americano afirmou também que o julgamento de Manafort “não tem nada a ver com conspiração“. “Paul Manafort trabalhou com Ronald Reagan, Bob Dole e muitos outros destacados e respeitados líderes políticos. Trabalhou para mim muito pouco tempo”, escreveu ainda.

Manafort foi contratado pela campanha em março de 2016, promovido a diretor de campanha em maio e demitiu-se em agosto. “Porque é que o Governo não me disse que ele estava a ser investigado? Estas acusações antigas não têm nada a ver com conspiração – uma farsa!”, escreveu Trump.

A administração Trump mantém uma relação tensa com Mueller desde que foi nomeado, em maio de 2017, para dirigir o inquérito às suspeitas de ingerência russa na campanha presidencial para favorecer o candidato republicano.

Mueller foi nomeado pelo procurador-geral adjunto, Rod Rosenstein, depois de Sessions se ter escusado a fazê-lo por poder vir a ser ele próprio chamado a testemunhar, o que acabou por ocorrer. Nesse sentido, Sessions não tem competência para arquivar o inquérito.

// Lusa

1 Comment

  1. Se está preocupado em não “manchar o país”, o melhor que tem a fazer é deixar de usar as redes sociais e falar o mínimo possível (e sempre com recurso a declarações escritas pelos acessores)!

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