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Tribunal mantém ex-chefe de campanha de Trump preso

vpickering / Flickr

Paul Manafort (d) com o seu advogado, Kevin Downing (e)

O Tribunal de Recurso do Distrito de Columbia, nos Estados Unidos, decidiu nesta terça-feira manter em prisão preventiva Paul Manafort, ex-chefe de campanha do presidente americano, Donald Trump, e que enfrenta o seu primeiro julgamento sobre a investigação da chamada “polémica russa”.

O Tribunal de Recurso, uma instância inferior à Supremo Tribunal dos EUA, reafirmou a decisão tomada em junho por uma juíza de Washington, que considerou que o antigo director de campanha Paul Manafort devia ser preso porque tentar influir nas declarações de duas testemunhas.

Manafort enfrenta dois julgamentos: um no Tribunal do Distrito de Columbia, que começará em setembro, e outro no Tribunal do Distrito leste da Virgínia, com sede em Alexandria. O julgamento na Virgínia começou esta terça-feira, com a seleção dos 12 membros do júri e dos seus quatro suplentes, que se encarregarão de decidir sobre a culpabilidade do acusado.

O ex-chefe de campanha de Trump entregou-se ao FBI a 30 de outubro do ano passado, e durante seis meses esteve em regime de prisão domiciliar.

Só na Virgínia, Manafort enfrenta 18 acusações por não ter declarado os 75 milhões de dólares que recebeu por assessorar governos estrangeiros, entre os quais o governo do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich (2010-2014), a quem ajudou a melhorar a imagem.

Entre 2006 e 2017, segundo a acusação, Manafort trabalhou para Yanukovich e outros governos sem o comunicar às autoridades norte-americanas, o que constitui um crime. Por estes factos, o assessor pode ser condenado na Virgínia a até 270 anos de prisão.

O processo contra Manafort é fruto da investigação do procurador especial Robert Mueller sobre as supostas ligações entre o Kremlin e membros da campanha de Trump para interferir nas eleições de 2016.

As acusações contra Manafort não estão directamente relacionadas com suas actividades como chefe de campanha de Trump entre junho e agosto de 2016, embora nesse período, segundo a acusação, tenha mantido contacto com vários oligarcas próximos ao Kremlin, como o milionário Oleg Deripaska.

// EFE

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