O Presidente dos EUA condena “todas as formas de violência, intolerância e de ódio” e “todos os grupos extremistas”, incluindo os movimentos associados à supremacia branca, esclareceu este domingo a Casa Branca.
“O Presidente afirmou ontem [sábado] de forma vigorosa que condenava todas as formas de violência, intolerância e de ódio. Isso inclui, é claro, os supremacistas brancos, o KKK [Ku Klux Klan, movimento de supremacia branca], os neonazis e todos os grupos extremistas”, declarou um porta-voz da Casa Branca, numa altura em que Trump tem sido criticado pela reação à violência que marcou no sábado uma ação da extrema-direita na cidade norte-americana de Charlottesville.
Incidentes ocorridos naquela cidade do Estado da Virginia fizeram uma vítima mortal, uma mulher de 32 anos, e cerca de 20 feridos. Dois agentes da polícia estadual da Virginia também morreram quando o helicóptero em que viajavam caiu. Os elementos estavam a reforçar a vigilância da cidade por causa da marcha associada ao movimento de supremacia branca.
O mesmo porta-voz referiu ainda que Trump mantém o apelo de uma “unidade nacional de todos os americanos”.
O chefe de Estado norte-americano tem sido alvo de fortes críticas depois de ter condenado, no sábado, “o ódio e o fanatismo” de “múltiplas partes”.
Em declarações no sábado, Trump classificou como “terríveis” os acontecimentos em Charlottesville, mas sem mencionar de forma direta os supremacistas brancos que tinham convocado a marcha, entre eles David Duke, ex-líder do KKK, e vários elementos que exibiam símbolos relacionados com o regime nazi.
A marcha foi convocada para contestar a decisão de Charlottesville de remover a estátua do general Robert E. Lee de um parque no centro da cidade, considerado atualmente um símbolo da defesa da escravatura e do racismo.
As autoridades locais consideraram o protesto ilegal e o governador da Virginia decidiu declarar o estado de emergência, mas milhares de pessoas convergiram para o centro de Charlottesville, a cerca de 160 quilómetros de Washington, e foram registados violentos confrontos entre os apoiantes do protesto nacionalista e contra manifestantes.
Pouco depois, um condutor atropelou de forma intencional um grupo de contra manifestantes. Jaems Fields, de 20 anos e oriundo do Estado do Ohio, foi detido e acusado de vários crimes, incluindo de homicídio em segundo grau.
// Lusa
Para não cair em ratoeira, o Trump devia condenar o seu próprio extremismo, refletir… e mudar um pouco. Pelo bem da humanidade, contra a guerra nuclear. (Mas podem acabar com o líder de Ping Pong Pyongiang)