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Sob pressão, Trump cede (para já) e acaba com o shutdown

O presidente americano Donald Trump anunciou esta sexta-feira, na Casa Branca, que vai fazer um acordo para colocar fim ao shutdown, que paralisa a administração dos Estados Unidos há cinco semanas.

Sob forte pressão social, Donald Trump cedeu no braço de ferro com os democratas, tendo aceitado uma proposta de acabar com o shutdown antes de retomar a discussão sobre a construção do muro na fronteira com o México.

Com este acordo para o fim do shutdown, o chefe de Estado norte-americano criou  condições para o financiamento dos serviços federais até ao dia 15 de fevereiro, mas ameaçou voltar a paralisar a administração do estado se, até essa data, nenhum consenso tenha sido encontrado sobre a construção do muro com o México.

Após mais de um mês de paralisação, que afecta 800 mil funcionários federais, que se encontram privados de salário, o presidente pediu que o novo texto seja submetido imediatamente a votação no Congresso.

Apesar de ter esta sexta-feira aparentemente cedido às pressões que nas últimas semanas se tÇem vindo a intensificar, Trump não desistiu do seu muro. “Não temos outra opção a não ser construir um muro resistente ou uma barreira de aço”, insistiu mais uma vez.

O acordo vai agora ser submetido a votação no Senado, de maioria republicana. Para ser aprovado, o texto precisa de 60 votos de um total de 100, após o que será enviado à Câmara de Representantes, de maioria democrata.

A pressão contra o shutdown subiu de tom esta sexta-feira, obrigando Donald Trump a tomar uma decisão para acalmar os 800 mil funcionários federais que estão sem se deslocar para o emprego ou a trabalhar sem salário desde o dia 22 de dezembro do ano passado. Alguns destes funcionários serão pagos posteriormente, mas parte deles ficarão mesmo sem o vencimento que deixaram de receber.

Entretanto, diversas perturbações foram registadas nos aeroportos de Nova York e de Filadélfia por falta de funcionários. As associações do controle aéreo já tinham alertado, desde quinta-feira, para as consequências do shutdown na segurança dos transportes em geral, e para os riscos de segurança na aviação comercial em particular.

De acordo com sondagens publicadas desde o início da semana, Donald Trump e os republicanos são vistos como responsáveis pela situação. No partido republicano, do presidente americano, o mal-estar tem vindo a instalar-se, perante a avalanche de testemunhos de trabalhadores infelizes com a situação.

ZAP // RFI

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