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Tropas de Rui Rio lutam para manter o líder

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Tiago Petinga / Lusa

A guerra interna no PSD acaba de começar. Os defensores do atual líder do partido, Rui Rio, querem garantir margem para a sua recandidatura.

As movimentações de Luís Montenegro e de Miguel Pinto Luz obrigaram as tropas de Rui Rio a unir forças em defesa do líder.

O primeiro a aparecer foi Paulo Mota Pinto, atual dirigente social-democrata, na passada segunda-feira, no programa Prós e Contras da RTP. Seguiram-se David Justino, Manuela Ferreira Leite, Nuno Morais Sarmento e Salvador Malheiro. Aliás, este último reagiu imediatamente a seguir à entrevista de Montenegro, denunciando, em declarações à SIC e à TSF, aquilo que considera ser “uma estratégia orquestrada” pelos críticos internos para apear o líder à primeira oportunidade.

Contudo, todos os defensores foram unânimes nos argumentos. Segundo o Expresso, todos defenderam que o resultado não foi assim tão mau, que a performance eleitoral teve aspetos positivos (como a recuperação dos votos em Lisboa e no Porto), que o resultado se deve aos que sempre conspiraram contra a atual direção do PSD e que a oposição firme deu maus resultados ao vizinho CDS-PP.

Em entrevista à RTP3, Nuno Morais Sarmento, vice-presidente do PSD, foi mais longe e reconheceu que o resultado foi “curto”, argumentando que só Rio tem condições para reforçar o partido num próximo ciclo eleitoral. A estratégia do atual líder social-democrata, de recolocar o PSD ao centro, é a acertada e será essa que permitirá ao PSD colher frutos no futuro, afirmou.

E é ao futuro que o núcleo duro de Rui Rio se agarra para justificar a permanência do líder no cargo. O cenário que a direção coloca é de desgaste. Ou seja, o presidente social-democrata acredita que o próximo Governo sofrerá o desgaste natural de uma segunda legislatura sem a estabilidade política que teve até ao momento (a geringonça). Além disso, acresce o perigo de uma eventual uma crise económica.

Os mais próximos de Rio consideram o exemplo de Durão Barroso que perdeu as europeias, perdeu as legislativas, mas chegou a primeiro-ministro quando António Guterres desistiu.

“Basta as taxas de juro subirem 4 ou 5 pontos e o país está a pedir ajuda a Bruxelas. Nesse dia quero saber como é que os portugueses vão olhar para quem nos esteve a governar. Durão Barroso perdeu as europeias, perdeu as legislativas e em dois anos estávamos no pântano e na demissão de António Guterres”, lembrou Morais Sarmento, durante a entrevista.

No entanto, certo é que, independentemente da estratégia dos defensores de Rio, estará sempre dependente da vontade do presidente social-democrata para se recandidatar ou não ao cargo. A decisão está unicamente nas mãos de Rui Rio.

ZAP //

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3 Comments

  1. A guerra acaba de começar???? Infelizmente há muito que estão em guerra e ainda acusam o líder do partido de ter tido maus resultados… Se fosse qualquer um deles, nas mesmas condições adversas, gostava de ver que resultado teriam….são uns abutres.

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