Os institutos politécnicos de Castelo Branco, Santarém e Tomar chegaram ao final de 2019 sem dinheiro para pagar salários. O Governo exige reestruturação organizativa e financeira.
De acordo com a edição desta sexta-feira do jornal Público, no final de 2019, os institutos politécnicos de Castelo Branco, Santarém e Tomar não tinham dinheiro para pagar salários a professores e funcionários. O Governo exigiu, por isso, uma reestruturação organizativa e financeira para estas entidades reduzirem despesas e aumentarem receitas.
Estas exigências surgem após ter sido necessário um reforço de capital de dois milhões de euros para colmatar as lacunas orçamentais das instituições de ensino. Ainda assim, o dinheiro é inferior aos 5,9 milhões de euros que o Grupo de Monitorização e Controlo Orçamental das Instituições de Ensino Superior Público afirmou serem necessários.
O matutino avança que, nos últimos cinco anos, só em 2016 é que não foi necessário o Estado fazer reforços orçamentais a estas entidades de educação para pagar salários e subsídios de Natal. Este ano foi a primeira vez que o Governo exigiu a reestruturação às instituições.
Fonte das entidades adiantou ao diário que, para colmatar estas lacunas financeiras, os politécnicos querem aumentar as prestações de serviços e cativar mais alunos.
Os politécnicos preveem aumentar as prestações de serviços através de um maior envolvimento com os territórios em que estão implantados, mas também atrair mais alunos.
A captação de estudantes deverá ser feita junto dos públicos que têm crescido mais no setor, nomeadamente os estudantes internacionais e os dos cursos técnicos superiores profissionais, adianta o mesmo jornal.
o de Tomar por coincidência é um dos que têm contrato com a IBM (a par com o de Viseu), nem assim têm dinheiro para pagarem as contas?
É simples: o Ribatejo/distrito de Santarém não necessita de dois Politécnicos, nem tem massa crítica para os sustentar. Portanto, fundam-nos. No mesmo sentido, a Beira Baixa / distrito de Castelo Branco, também não tem condições de aguentar uma universidade e um Politécnico. Portanto, a solução não será muito diferente.
Já para não mencionar que a introdução de portagens nas ex-SCUT, principalmente na A23, A24 e A25, matou (acelerando a desertificação) o interior.
Não esqueçamos de qual o partido / governo a que podemos agradecer tal (PS / Sócrates) e qual aquele que proclamando com pompa e circunstância o fim da austeridade ainda não acabou com este atentado à coesão territorial, num exercício em que conta com o conivente e cúmplice silêncio dos autarcas da cor sequiosos do respectivo tachinho.