Maioria dos trabalhadores portugueses prefere o modelo de trabalho híbrido

Os trabalhadores no modelo híbrido entre o teletrabalho e o trabalho presencial relatam grandes melhorias na nível mental, físico e financeiro.

A maioria dos trabalhadores inquiridos num estudo do Fórum de Ética da Católica Porto Business School quer adotar permanentemente o modelo de trabalho híbrido que se generalizou durante a pandemia, trabalhando parcialmente em casa e no local de trabalho.

A pesquisa fez 1200 questionários e concluiu que o nível de satisfação médio dos trabalhadores no modelo presencial é de 50%. Já a satisfação para quem trabalha num modelo híbrido situa-se nos 81%, relata a TSF.

Os principais argumentos apontados a favor do teletrabalho são a poupança do tempo nas deslocações (60%), seguindo-se a maior tranquilidade e concentração (47%) e o maior tempo para si mesmo e para a família (45%). Já os fatores positivos do trabalho presencial são o gosto de trabalhar com os colegas (40%), a possibilidade de adquirir mais conhecimento (30%) e a socialização (15%).

O maior benefício do modelo híbrido foi o maior bem-estar mental (37%), seguindo-se o bem-estar físico (34%). A melhoria nas condições financeiras também foi notada por 29% dos inquiridos, assim como uma melhoria na dimensão social (20%).

A perceção destas melhorias foi muito maior nos trabalhadores que estão atualmente num modelo híbrido. 72% dos inquiridos que relataram melhorias no plano financeiro estão em trabalho híbrido contra 18% que estão no modelo totalmente presencial. Na dimensão mental, 70% dos que notaram melhorias estão no modelo híbrido e 20% em presencial, nas melhorias físicas 70% estão também no modelo híbrido e 21% no modelo presencial.

Helena Gonçalves, coordenadora do estudo, defende que as empresas repensem o modelo de organização do trabalho de acordo com as preferências dos trabalhadores, já que as firmas só têm a ganhar se os funcionários estiverem mais satisfeitos.

ZAP //

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