O processo de despedimentos no CDS está a revoltar os funcionários do Largo do Caldas, em Lisboa. Os trabalhadores ponderam avançar para a criação de uma comissão e não excluem levar casos a tribunal.
Há vários funcionários do CDS que se queixam de propostas de acordo “que não cumprem a lei” e alegado bullying no local de trabalho, reclamações essas que são negadas pela secretaria-geral do partido. Ainda assim, segundo o Expresso, os trabalhadores ponderam avançar com a criação de uma comissão e não excluem levar os casos a tribunal, apontando uma “grande tensão na sede” do CDS.
Um trabalhador, que não quis ser identificado, revelou ao semanário que “há uma nebulosa muito grande sobre este processo, que não está a ser claro nem a cumprir a lei“.
“As propostas não cumprem a lei, estão a tentar valores mais baixos; há bullying sobre alguns funcionários e ordens expressas para não lhes ser dado trabalho. Ficam sete ou oito horas sentados à secretária, só para cumprirem o horário e para não lhes ser posto um processo disciplinar.”
De acordo com o matutino, sete dos vinte funcionários da sede receberam cartas a avisar da extinção dos seus postos de trabalho e os restantes “não sabem rigorosamente nada, nem se irão receber a carta”.
O Expresso dá conta de que só um processo estará finalizado, uma vez que nos restantes há propostas “dez mil euros abaixo do previsto na lei” e pressão para que os pagamentos sejam recebidos de forma faseada.
Pedro Morais Soares, secretário-geral do CDS, garantiu que “é tudo mentira” e recusou comentar as alegações de propostas que não cumprem a lei ou de assédio moral. “Estamos em processo de negociação, a fazer ajustes na redução do pessoal”, disse.
Os processos de despedimento e rescisão no seio do CDS foram desencadeados pelo mau resultado do partido nas últimas eleições legislativas, de 6 de outubro, que ditou uma redução da subvenção.
Qual a novidade? Não fizeram isso com outros trabalhadores envolvidos em despedimentos colectivos?