Funcionários da Linha de Saúde24 acusaram hoje a administração de ter despedido pelo menos 16 dos trabalhadores em luta, em Lisboa e no Porto, demonstrando que está disposta a usar todos os meios para esmagar as reivindicações.
A administração da Saúde 24 – Linha de Cuidados de Saúde (LCS) — “demonstrou mais uma vez” estar disposta a utilizar “todos os métodos disponíveis, sejam ou não legais, para esmagar a reivindicação dos trabalhadores pelo direito a um contrato de trabalho e contra a redução salarial”, afirma em comunicado a comissão informal de trabalhadores da Saúde 24.
A sustentar esta afirmação, os trabalhadores denunciam que a administração despediu “pelo menos 16 dos trabalhadores em luta, em Lisboa e no Porto, incluindo algumas das caras mais visíveis desta luta”.
“A administração da Saúde 24 avançou para a mais repressiva das medidas e, perante a luta dos trabalhadores da linha, despediu sumariamente mais 16 trabalhadores”, afirmam, sublinhando que “os despedimentos não foram aleatórios, mas dirigidos a perseguir e isolar algumas das pessoas que têm sido o rosto desta luta”, como é o caso de Marisa Pereira, Tiago Pinheiro e Márcia Silva.
A comissão de trabalhadores acusa a empresa de tentar utilizar estes funcionários como exemplo para mostrar que “quem ousar defender-se será punido e perseguido”.
Os trabalhadores afirmam que os despedimentos, além de “ilegais”, são uma “irresponsabilidade” para o funcionamento da linha, por visarem “profissionais qualificados exactamente no meio do pico da gripe, altura de exigência máxima”.
Os funcionários destacam ainda o facto de estes despedimentos terem ocorrido precisamente uma semana antes de os trabalhadores serem recebidos pela Comissão parlamentar de Saúde e menos de uma semana depois de uma inspecção à Saúde 24 pela Autoridade para as Condições do Trabalho, cujo resultado ainda não é conhecido.
Os trabalhadores da Linha Saúde 24 garantem que vão continuar em luta pelo fim dos despedimentos, das perseguições e retaliações e contra os falsos recibos verdes e a coação das reduções salariais.
/Lusa