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Touro morre com forcão no Sabugal. ANIMAL já apresentou queixa

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Um touro morreu no sábado passado no Soito, concelho do Sabugal, durante uma capeia arraiana, denuncia a associação ANIMAL nas redes sociais, dando conta que já apresentou queixa junto da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

O jornal Público explica que a capeia arraiana é uma técnica tauromáquica que consiste num grupo de pessoas que enfrentam um touro com um forcão em madeira, de vários metros, que funciona como uma espécie de escudo protetor.

“Pelo segundo ano consecutivo (que tenhamos imagens, porque, seguramente, este tipo de tragédia não se limitou a estes dois anos) morre um touro no Soito, Sabugal. Espantem-se, falamos de uma atividade registada como Património Cultural Imaterial no Inventário Nacional do Instituto dos Museus e da Conservação”, denuncia a ANIMAL no Facebook.

No vídeo que circulou nas redes sociais, publicado pela ANIMAL e que entretanto ficou indisponível nas mesmas plataformas, mostra o a correr diretamente contra a estrutura de madeira e a cair de imediato no chão da arena, após embater no forcão.

Na mesma publicação no Facebook, a associação não diz já ter apresentado queixa à Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) relativamente à morte do animal.

A ANIMAL escreveu ainda que “continua o seu trabalho de quase 25 anos contra a tauromaquia” e que continuará sempre a denunciar situações deste tipo. “A tauromaquia não passa de um exercício de violência pura. Aficionados dirão [que] “acidentes acontecem”, nós dizemos [que] “há acidentes que podem ser evitados se atividades macabras de barbarização de animais não existirem”, pode ler-se.

A capa arraiana é uma tradição do Sabugal reconhecida como Património Cultura Imaterial de Interesse Municipal desde 2010, grau que lhe confere um regime de exceção.

“A realização de qualquer espetáculo com touros de morte é excecionalmente autorizada no caso de tradições locais que se tenham mantido de forma ininterrupta, pelo menos, nos 50 anos anteriores à entrada em vigor do presente diploma, como expressão de cultura popular, nos dias em que o evento histórico se realize”, aponta a legislação, citada pelo Público.

ZAP //

10 Comments

  1. Em imagens ancestrais, a matança do touro (ou boi) aparece associada ao fim da “Era de Touro”. Era uma imagem simbólica que representava ou assinalava o fim de uma Era, e, por sequência lógica, o início da Era seguinte…
    Depois da Era de Touro já aconteceu a Era de Carneiro, estamos em transição da Era de Peixes para a Era de Aquário e ainda há tanto neurónio congelado na imagem usada para indicar o fim de uma Era Astrológica???
    Verifico com tristeza que há muita mente em Sabugal – e não só!!! – congelada no tempo…. é que a Era de Touro já terminou cerca do ano 2.300 a.C.!!!!!! Acorda, meu POVO!!!!!!!!!!!

  2. Se for uma pessoa que morre num hospital por falta de medicamentos ou de médicos para a tratar estes “ANIMAi(L)s” não protestam, mas se for um cão, um gato ou um touro cai o Carmo e a Trindade e tudo merece ir preso. Temos o país que merecemos com as leis onde se troca o fundamental pelo acessório e todos andam alegremente cantando.

    • Considero-te totalmente “acessório”, na comunidade onde te encontras. Comparação sem nexo, digna de um desmiolado. Qualquer acto de violência e negligencia au encontro de um ser humano ou animal é evidentemente condenável!…… há pessoas que primeiro pensam no que dizem e outras que não pensam no que afirmam, fazes parte desta ultima categoria !

    • A crueldade existe porque há pessoas que pensam como o senhor Renato, todas as formas de vida são acessórias excepto a espécie a que pertence o Sr pertence. Concluímos que só o Homem tem direito a viver……

  3. O título desta notícia acaba por ser “demasiado irónico para um assunto tão séro”!” Foi o ANIMAL, ou seja o Touro, que apresentou queixa”? Claro que ao ler a notícia dá para perceber que foi a Associação ANIMAL…

    • Caro Lusitano,
      Não nos passaria pela cabeça ironizar num assunto, concordamos totalmente, tão sério.
      Se o quiséssemos fazer, teríamos escrito “Animal” em vez de “ANIMAL”, que nos parece perfeitamente claro ser a sigla da associação.
      Mas se o assunto não fosse tão sério, até lhe diríamos como os italianos: “se non è vero, è ben trovato”.

    • Muito Obrigado pelo esclarecimento. A palavra é a mesma: Animal ou ANIMAL e eu desconhecia a existência dessa associação…Obrigado!

  4. Zbraitlin,
    pode citar o Gandhi à vontade, mas num país onde quase 50% da população vive com menos de um dólar por dia não vamos encontrar modelos, Disso pode ter a certeza.
    Dito isto, só me resta informar que sou contra as touradas e, para mim, quem gosta de assistir, e as defende, são uma cambada de ignorantes armados em bétos e gente bem.
    Vão todos pró C@r@lh@! (sou do Norte pá, estas coisas saem-me sem dar conta)

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