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“Tivemos este monstro a viver debaixo do nosso teto”, diz casal que acolheu Nikolas Cruz

Susan Stocker / EPA

Nikolas Cruz matou 17 pessoas num tiroteio numa escola na Florida

O casal Snead, família de acolhimento do atirador do liceu da Florida, ficou surpreendida e em choque com o acontecimento. “Tivemos este monstro a viver debaixo do nosso teto e não sabíamos.”

James e Kimberly Snead acolheram Nikolas Cruz, amigo do filho, pouco depois de ter perdido a mãe adotiva em novembro do ano passado. “Tivemos este monstro a viver debaixo do nosso teto e não sabíamos”, lamentou Kimberly Snead, em entrevista ao jornal South Florida Sun Sentinel.

Segundo o Diário de Notícias, o pai adotivo de Nikolas e os pais biológicos já tinham morrido. Quando chegou à casa do casal Snead, o jovem era imaturo e depressivo, mas com o passar do tempo parecia estar cada vez mais feliz. “Não víamos este lado dele”, disse Kimberly.

O jovem ainda vivia com os Snead quando, na passada quarta-feira, apanhou um Uber para a escola secundária Marjory Stoneman Douglas High School, onde sacou de uma arma semiautomática. Dezassete pessoas morreram e 23 ficaram feridas.

James e Kimberly sempre viveram com armas em casa, pelo que não se mostraram desconfortáveis quando Nikolas levou as suas, que usava para defesa pessoal.

No entanto, obrigaram o adolescente de 19 anos a colocá-las num cofre. Para as usar, Nikolas teria de pedir autorização. O jovem pediu duas vezes desde novembro: numa das vezes teve autorização.

De acordo com o Jornal de Notícias, sem que ninguém se apercebesse, Cruz manteve uma cópia da chave do cofre, à qual apenas ele tinha acesso. Foi desta forma que o jovem teve acesso à arma com que abriu fogo na escola.

“Não nos apercebemos deste lado dele. Toda a gente parecia saber, nós não sabíamos. Tão simples quanto isso”, conclui, Kimberly Snead.

ZAP //

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