Dois alunos de 14 anos e dois professores morreram e cerca de 30 pessoas ficaram feridas. O suspeito, detido com vida, já tinha sido sinalizado pelo FBI há um ano por suspeitas de ameaças de tiroteio.
Um tiroteio numa escola secundária no estado norte-americano da Geórgia terá provocado a morte de pelo menos quatro pessoas e ferimentos em cerca de 30, segundo a CNN local, tendo as agências internacionais avançado a informação de uma detenção. Nove pessoas foram hospitalizadas, mas deverão sobreviver.
O tiroteio registou-se na escola secundária Apalachee High School, em Winder, sendo o suspeito identificado como Colt Gray, um jovem de 14 anos, aluno da mesma escola, que está detido. Será julgado como adulto e acusado de homicídio.
As vítimas mortais eram dois alunos de 14 anos e dois professores de Matemática do estabelecimento de ensino.
“A minha professora abriu a porta (da sala de aula) para ver o que estava a acontecer. Outro professor entrou a correr e disse-lhe para fechar a porta porque havia um homem armado”, relatou o estudante Sergio Caldera, de 17 anos, citado pela ABC.
Com a porta fechada, ele e os seus colegas fugiram para o fundo da sala, onde ouviram gritos no exterior. Impedido de entrar na sala, o suspeito foi para a casa de banho onde, com uma arma AR-15, começou a disparar.
Um vídeo a circular nas redes sociais mostra o momento em que os estudantes são escoltados para fora do estabelecimento.
@cnn Law enforcement escorts students out of Apalachee High School in Winder, Georgia, following a shooting that left multiple people dead. According to police, the suspected shooter, now identified as 14-year-old Colt Gray, is “in custody and alive.” The deceased victims were two students, and two teachers, according to police. #CNN #News ♬ original sound – CNN
As autoridades ainda estão a averiguar como é que o suspeito conseguiu entrar com uma espingarda na escola.
De manhã, a escola tinha recebido uma ameaça por telefone, a avisar que haveria um tiroteio em cinco escolas e que Apalachee seria a primeira, segundo fontes da CNN. Por enquanto, não há qualquer prova de que qualquer outra escola foi alvo do aluno responsável — ou de atiradores adicionais — pela morte de quatro pessoas.
No ano passado, o jovem suspeito e o pai terão sido questionados a propósito de “várias denúncias anónimas sobre ameaças online de cometer um tiroteio numa escola em local e hora não identificados”, segundo o FBI de Atlanta e o Gabinete do Xerife do Condado de Jackson. Mas nessa altura não existia qualquer causa provável de detenção.
O suspeito e o seu pai foram então entrevistados pelo gabinete do xerife do condado. “O pai afirmou que tinha armas de caça em casa, mas que o suspeito não tinha acesso a elas sem supervisão”, lê-se no comunicado.
Biden quer colaborar com republicanos para acabar com “epidemia de violência com armas”
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lamentou o tiroteio, sublinhando que estes incidentes não podem ser normalizados e desafiando os republicanos a apoiar esforços de controlo de armas.
“Não podemos continuar a aceitar isso como normal”, disse o Presidente num comunicado divulgado pela Casa Branca.
Biden observou que o que poderia ter sido uma “feliz temporada de regresso às aulas em Winder, na Geórgia, tornou-se em mais um lembrete horrível de como a violência armada continua a destruir” as comunidades do país.
O chefe de Estado e a primeira-dama, Jill Biden, lamentaram por aqueles cujas vidas foram interrompidas por mais violência “sem sentido”.
“Os alunos estão a aprender a abaixar-se e a proteger-se em vez de ler e escrever. (…) Acabar com esta epidemia de violência com armas de fogo é algo pessoal para mim“, acrescentou.
Segundo Biden, essa é a razão pela qual assinou a lei bipartidária para comunidades mais seguras e pela qual anunciou dezenas de ações executivas para proteção contra tal violência.
“Fizemos progressos significativos, mas esta crise precisa de ainda mais”, sublinhou, observando que “os republicanos no Congresso devem finalmente dizer ‘chega’ e trabalhar com os democratas para aprovar uma legislação sensata sobre segurança de armas”, acrescentou o Presidente.
Biden reiterou o seu apelo para proibir as armas de assalto ou acabar com a imunidade dos fabricantes: “Essas medidas não devolverão as vidas àquelas que as perderam tragicamente hoje, mas ajudarão a evitar que novos atos trágicos de violência armada destruam mais famílias”, concluiu.
“Relatos de tiroteios adicionais em escolas próximas são falsos”, acrescentou o departamento.
45 tiroteios num ano
Até à data de 4 de setembro, registaram-se pelo menos 45 tiroteios em escolas nos Estados Unidos neste ano. Treze ocorreram em campus universitários e 32 em escolas do ensino básico e secundário.
Os incidentes deixaram 23 pessoas mortas e pelo menos 62 outras vítimas feridas, de acordo com a análise da CNN.
ZAP // Lusa
Quando nos USA , se tem acesso a compra de armas e munições . como quem compra rebuçados , Noticias destas tornam-se “Banais” en detrimento das Vitimas . A posse de armas é un problema Cultural nesse País de Cow-Boys e Doentes Mentais ! . 50 Estados cada Un com as suas regras . Un País , Un Presidente e uma Anarquia ingerível !