Tiroteio em Oslo faz dois mortos e pelo menos 14 feridos

(h) Javad Parsa / EPA

Duas pessoas foram hoje mortas e pelo menos 14 ficaram feridas, algumas de forma grave, num tiroteio em Oslo, disse a polícia norueguesa, quando a capital se preparava para a parada anual da comunidade LGBT+.

O tiroteio aconteceu por volta da 01:00 (23:00 de sexta-feira em Lisboa) em três locais próximos, incluindo um bar gay, no centro da capital norueguesa, disse a polícia.

Entre os 14 feridos, oito foram levados para o hospital, alguns em estado grave, e os outros seis receberam tratamento médico no local, avançou a polícia.

De acordo com um porta-voz da polícia citado pela agência Reuters, o tiroteio desta madrugada na capital norueguesa está a ser investigado como um ato de terrorismo.

Um suspeito foi preso na posse de duas armas e as forças de segurança não acreditam que outras pessoas estejam envolvidas, disse o porta-voz da polícia, Tore Barstad.

As autoridades norueguesas indicaram que o suspeito autor do tiroteio é um norueguês de 42 anos de origem iraniana, conhecido dos serviços de inteligência do país. É suspeito de “homicídio, tentativa de homicídio e ato terrorista”, indicou Christian Hatlo, responsável da polícia, durante uma conferência de imprensa.

Há razões para acreditar que se trata de um crime de ódio“, acrescentou, referindo-se à natureza dos locais visados pelo atacante.

As duas mortes ocorreram junto ao London Pub, um bar gay no centro da capital norueguesa.  Não é claro se o tiroteio estava ligado à parada que está marcada para a tarde deste sábado em Oslo.

“A polícia está em contacto com os organizadores da parada neste sábado. Haverá uma avaliação contínua de quais medidas a polícia deve tomar para proteger esse evento e se este incidente tem alguma conexão com a parada“, disse o porta-voz da polícia.

Olav Roenneberg, jornalista da emissora pública norueguesa NRK, disse que testemunhou o tiroteio.

Vi um homem chegar ao local com um saco. Ele pegou numa arma e começou a dispara”, disse Roenneberg. “Primeiro pensei que fosse uma pistola de ar. Então o vidro do bar do lado despedaçou-se e eu percebi que tinha que correr para me proteger”.

A Noruega foi palco de um dos piores tiroteios na Europa, em 2011, quando o extremista de direita Anders Breivik matou 69 pessoas na ilha de Utoya, depois de detonar uma bomba em Oslo que deixou oito mortos.

0s 69 mortos, na sua maioria adolescentes, que participavam no acampamento da Juventude do Partido Trabalhista.

ZAP // Lusa

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