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Theresa May vence moção de censura

Tom Evans / Crown Copyright

Theresa May, primeira-ministra britânica

A primeira-ministra britânica venceu a votação por 200 votos contra 117 e continua na liderança do Partido Conservador e do governo. A moção foi apresentada por membros do seu próprio partido, insatisfeitos com o acordo do Brexit.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, ganhou esta quarta-feira uma moção de censura do próprio Partido Conservador por 200 votos contra 117. A votação foi secreta.

Com a vitória, May permanece na liderança do Partido Conservador e mantém-se no cargo de primeira-ministra, não podendo agora, durante os próximos 12 meses, ser sijeuta a nova moção.

Antes da votação, a governante tinha anunciado aos deputados do Partido Conservador que pretende abandonar o cargo antes das eleições legislativas de 2022, de acordo com vários testemunhos de correligionários.

“O resultado da votação desta noite significa que o grupo parlamentar tem confiança em Theresa May”, anunciou Graham Brady, presidente do Comitê 1922, que reúne os parlamentares do Partido Conservador.

A moção de censura foi apresentada por deputados conservadores insatisfeitos com o acordo sobre o Brexit que May negociou com a União Europeia. A saída do Reino Unido da UE está prevista para 29 de março.

O principal ponto de descontentamento dos deputados do partido da primeira-ministra é a solução para evitar uma fronteira fechada entre a Irlanda do Norte, que faz parte do Reino Unido, e a República da Irlanda, país-membro da União Europeia.

May adiou uma votação do acordo do Brexit prevista para terça-feira porque dezenas de seus correligionários prometiam votar contra o governo. Agora, a primeira-ministra tenta conseguir novas concessões da UE para facilitar a aprovação do texto na Câmara dos Comuns.

Theresa May procura garantias que satisfaçam os descontentes com o mecanismo de salvaguarda para evitaruma fronteira entre Irlanda e Irlanda do Norte após o Brexit.

Após a votação, a deputada Nicky Morgan afirmou que a “razão prevaleceu”. Por outro lado, Jacob Rees-Moog, um dos líderes da ala contrária à União Europeia do Partido Conservador, considerou que os 117 votos representam um “resultado terrível” para a primeira-ministra.

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