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Testemunha de fraude eleitoral nos EUA volta atrás e desdiz acusações

As alegações de Richard Hopkins sobre uma eventual adulteração dos votos foram usadas pelos republicanos várias vezes. Agora, o trabalhador do serviço de correios voltou atrás nas suas acusações e admitiu ter mentido.

Um trabalhador dos correios no estado da Pensilvânia, cujas alegações foram citadas pelo Partido Republicano como potenciais provas de fraude eleitoral, admitiu aos investigadores do USPS (Serviço de Correios dos EUA) ter mentido nas suas acusações. A notícia é avançada, esta quarta-feira, pelo The Washington Post.

Richard Hopkins, disse, num primeiro depoimento, que tinha havido adulteração em alguns dos boletins de voto. O trabalhador garantia que o chefe dos correios na cidade de Erie estava a obrigar os trabalhadores a alterar a data dos boletins de voto. Importante relembrar que, nestas eleições, muitos norte-americanos votaram antecipadamente por correspondência.

Agora, Hopkins admite ter mentido e até assinou uma declaração negando as suas alegações, garantem fontes próximas ao processo.

No entanto, num vídeo divulgado no YouTube esta terça-feira, Hopkins negou ter voltado atrás nas suas acusações. “Estou a ler o Washington Post. Dizem que fabriquei as declarações, mas estou aqui para garantir que não o fiz”, argumentou o norte-americano.

Segundo a TSF, as alegações de Hopkins foram prontamente desmentidas pelos correios locais, que adiantaram que o trabalhador foi alvo de vários processos disciplinares no passado.

Ainda assim, isso não impediu os republicanos de citarem as alegações de Hopkins em vários documentos, até mesmo na carta enviada ao Departamento de Justiça, pedindo que se abrisse uma investigação sobre o assunto.

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos ordenou ao estado da Pensilvânia para que separe os votos que chegaram depois do dia das eleições, na sequência da ação apresentada pelos republicanos.

Ainda esta terça-feira, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, recusa reconhecer a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais dos EUA, e prometeu uma “transição pacífica” para um segundo mandato de Donald Trump.

“Vamos contar todos os votos”, disse Mike Pompeo, durante uma conferência de imprensa, garantindo que os líderes de todo o mundo estão cientes de que se trata de um “processo legal”, que “demora tempo”, referindo-se às recontagens de votos e às queixas apresentadas pelos republicanos sobre os resultados eleitorais em vários estados.

Pompeo demonstrou estar em sintonia com a posição de Donald Trump, que tem utilizado a sua conta pessoal na rede social Twitter para dizer que venceu as eleições e que a candidatura de Joe Biden e os democratas estão a tentar reclamar vitória indevidamente, com recurso a “fraude eleitoral”.

A equipa de transição de Joe Biden está a considerar avançar para os tribunais devido ao atraso da Administração de Serviços Gerais (ASG) em reconhecer o democrata como Presidente eleito.

Esta atitude da administração Trump faz com que estejam a ser bloqueados fundos monetários, escritórios nas agências federais e acesso a informação confidencial necessária para o Presidente eleito preparar a sua tomada de posse.

ZAP //

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