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Terceiro suspeito de planear tiroteio em escola do Brasil entrega-se à Justiça

Sebastiao Moreira / EPA

O terceiro suspeito de planear o massacre que ocorreu numa escola brasileira e que provocou 10 mortos, apresentou-se esta sexta-feira à Justiça.

O ataque, ocorrido na última quarta-feira de manhã dentro da escola Raul Brasil, na cidade brasileira de Suzano, terminou com 10 mortos, incluindo os dois atiradores.

O terceiro suspeito de participar no crime é um jovem de 17 anos que não foi identificado. Chegou ao local num carro da polícia, acompanhado da mãe. O jovem também é ex-aluno da escola e estudou na sala de Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos que, segundo a polícia, liderou o massacre.

A Folha de S. Paulo informou que o terceiro suspeito de ter envolvimento no massacre teria ajudado no planeamento da ação. Esta hipótese foi levantada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, que disse à imprensa local que o dono do estacionamento onde os autores do crime, Guilherme Taucci e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, guardaram o carro usado no ataque, teria informado a polícia sobre a participação de uma terceira pessoa.

A polícia brasileira pediu na quinta-feira à Justiça a detenção do adolescente suspeito de ajudar a planear o massacre. “A terceira pessoa envolvida é um adolescente. A detenção já foi sugerida ao juiz da Vara da Infância e da Juventude e o material relacionado com a participação dele já foi recolhido”, declarou Ferraz Fontes.

“Ainda não confirmámos a informação, estamos a submeter a fotografia do adolescente ao responsável pelo estacionamento para confirmar. Temos outros dados que fazem crer que esse indivíduo participou, pelo menos, na fase de planeamento“, frisou.

Na quarta-feira, dois jovens entraram numa escola nos arredores de São Paulo e mataram cinco alunos e duas funcionárias. Antes, mataram um comerciante de automóveis. Os autores do crime, ambos ex-alunos do estabelecimento de ensino, foram encontrados mortos no interior da escola.

Segundo o chefe da polícia, o reconhecimento pela comunidade terá sido o motivo a desencadear o ataque.

“Esse foi o principal objetivo, não tinham outro. Não se sentiam reconhecidos, queriam demonstrar que podiam agir como em Columbine, com crueldade”, referiu o agente da polícia, referindo-se ao massacre em 1999, quando dois alunos mataram 12 colegas e um professor numa escola norte-americana, suicidando-se em seguida.

As vítimas mortais são cinco rapazes, com idades entre os 15 e 17 anos, uma funcionária de 38 anos e uma coordenadora pedagógica de 59. Estavam todos no interior da escola. Também um comerciante de automóveis de 51 anos, tio de um dos autores dos disparos, foi assassinado antes de aqueles terem entrado na escola.

ZAP //

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