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Televangelista ganha milhões ao alegadamente curar cancro e SIDA através do toque

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O televangelista Benny Hinn ganha 100 milhões de euros por ano. O norte-americano alega ser capaz de curar cancro e SIDA com apenas um simples toque e o poder de Deus.

O sucesso dos televangelistas não é novo e é um fenómeno crescente nos Estados Unidos. O televangelismo consiste em transmitir a fé cristã através do uso da televisão ou de outro meio de multimédia. Benny Hinn é um dos maiores nomes da indústria, mas há outros casos, como o de Kenneth Copeland, que tentou explicar a uma jornalista o porquê do seu jato privado ser “bíblico”.

Benny Hinn, que também ele tem um jato privado, diz que todo o dinheiro que recebe vai direto para os seus serviços de “curandeiro”. Em 1994, um episódio com o campeão de boxe Evander Holyfield fez disparar a sua popularidade nos Estados Unidos e um pouco por tudo o mundo.

Holyfield tinha acabado de ser diagnosticado com um problema cardiovascular e decidiu encontrar-se com Hinn diante uma grande plateia para testar os seus verdadeiros poderes. Um simples movimento de mão de Hinn foi o suficiente para levar o boxista ao chão. “O Senhor está a dizer-me agora: ele está a consertar o coração de Holyfield“, atirou o televangelista.

Quando Holyfield foi ao hospital, os médicos disseram-lhe que ele tinha sido mal diagnosticado, mas o pugilista não quis saber e apenas deu crédito — e um cheque chorudo de 265 mil dólares — ao trabalho de Benny Hinn.

Este é apenas um exemplo de muitos casos que o televangelista alega ser capaz de curar recorrendo ao poder de Deus. No entanto, nem todos tiveram o mesmo sucesso. Aliás, há um exemplo que correu horrivelmente mal: o de Ella Peppard.

De acordo com o All That’s Interesting, enquanto a norte-americana esperava na fila para ser curada dos seus males, Hinn fazia um ritual semelhante ao que fez com Holyfield a um outro homem. No entanto, quando este caiu desamparado para trás, bateu em Peppard, que caiu no palco e partiu o seu quadril.

Convencido que era capaz de a curar com os seus poderes, Hinn não chamou nenhuma ambulância e Peppard, que confiou nele de volta, também não foi ao médico. A perna foi ficando pior e bloqueou-lhe as artérias. Apenas 15 dias depois, Peppard morreu.

Um dos homens que Benny Hinn contratou para filtrar as pessoas que ele curava em palco foi entrevistado, em 1999.

Segundo ele, as únicas pessoas permitidas no palco com Hinn eram aquelas com problemas psicossomáticos ou dores físicas que poderiam ser temporariamente atenuadas pela euforia de acreditar que estavam a ter uma experiência religiosa diante de uma multidão animada.

Benny Hinn viria também a ser várias vezes exposto pelo seu próprio sobrinho, Costi Hinn, que viajou com o seu tio durante dois anos. “Nós vivemos o sonho. Hotéis caros, carros, viagens. A desculpa era que “Jesus providenciou tudo isto'”, disse Costi.

ZAP //

3 Comments

  1. O poder do dinheiro de um lado e as psicoses do outro transforma-se num terreno fértil para a estupidez e exploração,um retrocesso gigantesco…BESTAS !!

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