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Ao serviço dos influencers e da criação de conteúdo. Nova tecnologia já permite clonar vozes

Apesar de todas as preocupações, há empresas decididas a promover a deepfake como um produto viável. É o caso da Veritone, uma empresa que lançou, recentemente, uma plataforma que produz clipes de voz sintética.

A Marvel.ai, nome da plataforma criada pela Veritone, baseia-se numa “voz sintética” que vai ajudar “as empresas de media, marcas e influenciadores a acelerar e a amplificar a criação de conteúdo”.

A ferramenta de áudio permite que os criadores de conteúdo licenciem as suas vozes para todos as possam usar, com o seu consentimento.

No fundo, figuras públicas vão conseguir produzir conteúdo de áudio monetizado e gerar receita sem precisarem de ir fisicamente a um estúdio. Está em causa o “controlo total” da voz de outra pessoa, escreve o Interesting Engineering.

O processo, também conhecido como clonagem de voz, usa Inteligência Artificial (IA) e algoritmos para replicar a voz de uma pessoa, com base numa série de amostras de áudio.

“Com controlo total sobre a sua voz e o seu uso, qualquer influenciador, personalidade ou celebridade pode literalmente estar em vários lugares ao mesmo tempo”, informa a empresa, em comunicado.

Ryan Steelberg, presidente da Veritone, disse recentemente que a nova plataforma poderia também analisar gravações arquivadas para “ressuscitar” as vozes dos mortos.

O sucesso da plataforma vai depender, obviamente, do quão convincentes conseguem ser os clones de voz. Na semana passada, Steelberg partilhou com o The Verge alguns exemplos e a tecnologia parece ser muito real.

Do ponto de vista tecnológico, esta inovação é impressionante. No entanto, do ponto de vista moral, traz à tona algumas preocupações relacionadas com o uso indevido de deepfakes.

Liliana Malainho, ZAP //

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