Tebet, Ciro e histórico Fernando Henrique apoiam Lula. Governadores dos principais estados com Bolsonaro

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Romeu Neto, Cláudio Castro, Ibaneis Rocha, Simone Tebet, Ciro Gomes, Fernando Henrique Cardoso

Começaram a ser lançados os dados para a segunda volta nas eleições no Brasil. Enquanto o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) decidiu não apoiar nenhum dos candidatos, Simone Tebet e o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso estarão do lado de Lula da Silva.

“Por ampla maioria, o MDB decidiu dar liberdade para que cada um se manifeste conforme sua consciência. Em qualquer cenário, o MDB deixa claro que cobrará do vencedor o respeito ao voto popular, ao processo eleitoral como um todo e, sobretudo, a defesa intransigente da Constituição de 1988 e do Estado Democrático de Direito”, indicou o partido em comunicado, citado pelo Folha de S. Paulo.

Já Tebet, candidata pelo MDB e que ficou em terceiro lugar na primeira volta (4,16%), estará ao lado de Lula da Silva, dependendo a dimensão do seu apoio da abertura que o Partido do Trabalhadores (PT) terá quanto à inclusão de algumas das medidas que a senadora defende, continuou o mesmo jornal.

A candidata, que deve anunciar publicamente ainda esta quarta-feira o seu apoio, quer mais mulheres e mais negros no Governo, avançou a Globo News. No domingo à noite, após a divulgação dos resultados, Tebet garantiu que “tem lado” na segunda volta. “Não esperem de mim omissão, eu não vou acobardar-me”.

Ainda de acordo com o Folha de S.Paulo, a libertação dos militantes para escolherem em quem votar é uma consequência da divisão dentro do MDB.

Ciro Gomes, o quarto mais votado nas eleições (3%), declarou em vídeo que “acompanha o seu partido”, sem nunca dizer o nome de Lula da Silva. Antes da divulgação, o presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi, tinha anunciado o apoio unânime a Lula da Silva.

Embora tenha lamentado “que a trilha democrática” se tenha “afunilado a tal ponto que restem aos brasileiros duas opções”, a seu ver “insatisfatórias”, acredita que a decisão do seu partido “é a última saída”.

Referindo que irá “fiscalizar, acompanhar e denunciar qualquer desvio do Governo que assumirá [funções] em janeiro”, indicou que não aceitará cargos “em qualquer eventual futuro governo”.

“Quero estar livre, ao lado da sociedade, em especial da juventude, lutando por transformações profundas, como as que propusemos durante nossa campanha”, indicou ainda no vídeo.

Também o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso declarou apoio a Lula, seu rival de longa data. “Neste segundo turno estou votando em uma história de luta pela democracia e inclusão social. Estou votando em Luiz Inácio Lula da Silva”, disse o líder histórico do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

O antigo chefe de Estado (1995-2002) pediu no primeiro turno que os eleitores votassem em quem tivesse “o compromisso de combater a pobreza e a desigualdade, defender a igualdade de direitos para todos, independentemente de raça, género e orientação sexual, e se orgulhar da diversidade cultural de a nação brasileira”.

Também esta quarta-feira, Bolsonaro recebeu apoio do governador reeleito do Distrito Federal, Ibanes Rocha, um dia depois de ter recebido dos governadores dos três maiores estados do Brasil – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Taísa Pagno, ZAP //

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