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Taxa de desemprego em 2017 baixou para os 8,9%

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Paulo Novais / Lusa

A taxa de desemprego em 2017 desceu 2,2 pontos percentuais face a 2016 para os 8,9%, abaixo da estimativa do Governo de 9,2% e em linha com a estimativa dos analistas ouvidos pela Lusa para a média do ano.

A taxa de desemprego do 4º trimestre de 2017 foi 8,1%, um valor inferior em 0,4 pontos percentuais face ao trimestre anterior e em 2,4 pontos percentuais relativamente ao trimestre homólogo de 2016 – revelam os últimos dados do Instituto nacional de Estatística (INE).

A taxa de desemprego apurada no quarto trimestre é inferior às previsões de 8,2% avançadas por analistas, como o economista-chefe do Montepio Geral, Rui Bernardes Serra, ou Paula Gonçalves Carvalho, da Unidade Estudos Económicos e Financeiros do Banco BPI, estimou igualmente que a taxa de desemprego no conjunto de 2017 se tenha situado nos 8,9% e no quarto trimestre do ano nos 8,2%.

A população desempregada, estimada em 422 mil pessoas, registou uma diminuição trimestral de 4,9% (menos 22 mil), prosseguindo as diminuições trimestrais observadas desde o segundo trimestre de 2016. Em relação ao trimestre homólogo, verificou-se uma diminuição de 22,3% (menos 121,2 mil), a maior desde o terceiro trimestre de 2013.

A população empregada, estimada em 4,8 milhões pessoas, teve uma variação trimestral relativa quase nula (associada a um ligeiro acréscimo de 1,9 mil pessoas) e um aumento homólogo de 3,5% (mais 161,3 mil), o maior desde o quarto trimestre de 2013.

Em termos de média anual, a taxa de desemprego foi 8,9% em 2017, o que representa uma diminuição de 2,2 pontos percentuais em relação a 2016, e a taxa de desemprego de jovens (15 a 24 anos) situou-se em 23,9%, menos 4,1 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

A população desempregada, estimada em 462,8 mil pessoas em 2017, diminuiu 19,2% em relação ao ano anterior (menos 110,2 mil), enquanto a proporção de desempregados à procura de emprego há 12 e mais meses (longa duração) foi 57,5%, registando um decréscimo de 4,6 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Já a população empregada foi estimada em 4,757 milhões de pessoas e aumentou, num ano, 3,3% (mais 151,4 mil).

Por seu turno, a taxa de atividade da população em idade ativa situou-se em 59%, valor superior em 0,5 pontos percentuais ao de 2016.

Em termos trimestrais, a população desempregada, estimada em 422,0 mil pessoas, registou uma diminuição trimestral de 4,9% (menos 22 mil), prosseguindo as diminuições trimestrais observadas desde o 2º trimestre de 2016.

Em relação ao trimestre homólogo, verificou-se uma diminuição de 22,3% (menos 121,2 mil), a maior desde o 3º trimestre de 2013.

No quarto trimestre, a população empregada, estimada em 4,805 milhões de pessoas, teve uma variação trimestral relativa quase nula (associada a um ligeiro acréscimo de 1,9 mil pessoas) e um aumento homólogo de 3,5% (mais 161,3 mil), o maior desde o quarto trimestre de 2013.

Por regiões, no ano de 2017, as taxas de desemprego mais elevadas, e superiores à média nacional, foram observadas em quatro regiões: Região Autónoma da Madeira (10,4%), Norte (9,8%), Área Metropolitana de Lisboa (9,5%) e Região Autónoma dos Açores (9,0%).

Abaixo da média nacional, situavam-se as taxas de desemprego do Alentejo (8,4%), do Algarve (7,7%) e do Centro (6,9%). Em relação a 2016, e à semelhança do observado globalmente para Portugal, a taxa de desemprego diminuiu em todas as regiões.

As duas maiores diminuições ocorreram no Alentejo (3,7 pontos percentuais) e na Região Autónoma da Madeira (2,5 pontos percentuais).

No ano passado, a taxa de desemprego apurada pelo INE para o primeiro trimestre situou-se nos 10,1%, baixando no segundo trimestre para os 8,8% e no terceiro trimestre para os 8,5%

// Lusa

3 Comments

  1. O desemprego baixou? Acrescentem a esses numeros os CEI,( Contrato Emprego-Inserção) e logo vao ver o numero de desempregados subir. Somos desempregados que não entramos no n das estatísticas.

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