O PS lançou hoje dúvidas se o consórcio vencedor da privatização da TAP, a Gateway, respeita a legislação da União Europeia e apontou que a venda representará metade daquilo que o Sporting pagará pelo treinador Jorge Jesus.
Posições que foram assumidas pelo coordenador da bancada socialista para as questões da Economia, Rui Paulo Figueiredo, em plenário, na Assembleia da República, durante um debate de atualidade requerido pelo Bloco de Esquerda.
Na anterior intervenção, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, desafiara os socialistas a esclarecerem se respeitarão o processo de privatização da transportadora aérea nacional, não colocando em causa a imagem externa nacional.
Na resposta, Rui Paulo Figueiredo reiterou que o PS entende que o processo de privatização em curso “é contrário ao interesse estratégico nacional e ao interesse público”, contrapondo que “é preciso lata” quando o Governo pretende corresponsabilizar os socialistas num “processo caraterizado pela falta de transparência, já que se verifica um bloqueio no acesso a documentos fundamentais”.
Mas Rui Paulo Figueiredo foi mais longe e colocou em cima da mesa a possibilidade de o consórcio vencedor, a Gateway, liderado pelo norte-americano e brasileiro David Neeleman, que está associado ao português Humberto Pedrosa (da Barraqueiro), não respeitar a legislação comunitária em termos de titularidade de uma empresa de transporte aéreo da União Europeia.
Nas entrelinhas, ficou a suspeita de que o empresário português Humberto Pedrosa poderá na prática ter uma participação inferior no consórcio Gateway em comparação com o sócio norte-americano.
Metade do preço de Jesus
Em relação ao preço de venda da TAP, na ordem dos dez milhões de euros, Rui Paulo Figueiredo, ex-vice-presidente do Sporting, referiu que a venda da TAP renderá ao erário público “metade” da verba que o treinador de futebol Jorge Jesus ganhará em três anos no clube de Alvalade.
O consórcio Gateway propõe-se pagar um valor mínimo de 354 milhões de euros pelo grupo, dos quais 10 milhões são um encaixe direto para o Estado. O restante, que poderá chegar a 478 milhões, é pago sob a forma de injeção de capital na empresa.
A Gateway assume o passivo da TAP, que segundo o Relatório e Contas da empresa ascendia no final de 2014 a um total de 2072 milhões de euros, face a ativos que totalizam 1560 milhões de euros.
Na sua intervenção, o deputado do PS criticou ainda a ausência do ministro da Economia, Pires de Lima, naquele debate de urgência requerido pelo Bloco de Esquerda.
“Apelamos ao ministro da Economia para que deixe de se esconder atrás da maioria PSD/CDS”, disse.
ZAP / Lusa
pelo ar acabrunhado do homem, foi mesmo tudo vendido ao preço da uva mijona, como diria a minha avó !!!!
O Governo Portugues decidiu esta quinta-feira vender 61% da companhia aérea e irá receber 10 milhões…Mas os compradores irão pagar mais…muito mais, iu seja: cerca de 1 bilhão e 572 milhões, devido a caixa negativa de 512 milhões e dividas de 1 bilhão e 50 milhões…e TAP continuará a ser de maioria portuguesa
quando aprendi…. ensinaram-me que quem compra uma empresa, qualquer que seja, assume total ou parcialmente, consoante a percentagem de capital que comprar, a responsabilidade pelos valores activos e do passivo dessa empresa…. será que com o novo acordo ortográfico isto também alterou ????
Parabéns. Visão da realidade imune às aves de rapina com orelhas de onagro.
Fragmentando: O que foi vendido – todo o passivo – e o que ficou assegurado – todo o investimento necessário à TAP continuar a ser uma transportadora intercontinental.
Mais: Os contribuintes livram-se de cobrir a diferença do colossal passivo – 2,07 KME – para activos de apenas -1,56 Mil milhões de Euros (512 – QUINHENTOS E DOZE milhões de Euros) – Montante que se vê mesmo de noite e só de ouvir.
Um bilião?! ahahh…
Muito bons, esses números!…
Não há casca de banana no piso mas fica-se a perceber que confunde somar e subtrair provavelmente com “somir”… Não percebe a nudez dos nºs.
caro(a) EU,
nem que fosse um tostão, desde que não tenha que pagar mais com os meus descontos/impostos, qualquer número positivo é benvindo…
Claro… os teus descontos/impostos são melhores aplicados na especulação financeira e nos bolsos do “abutres” dos mercados…
Ou para ajudar a banca (accional e internacional)…
É bem…
Prezada: Aquilo passa ser “deixar de ser um sorvedouro dos ditos impostos”
Olhe. Não tenho jeito para desenho para além de palavras. Com elas ainda lhe escrevo que o “conveniente catastrofismo” do seu discurso não liga com especulação ou regulação de espécie, muito menos qdo já não nos diz respeito!
Mas daqui a sentir-se com os bolsos cheios vai a diferença de sentir nas pernocas a caminhada da porta de casa até Mexilhoeira da Carregação de Baixo! Tás a ver?!
Haverá fantasmas da cortina de ferro? Do imperialismo expansionista? Ou restos de K7 sem upgrade DVD?
Até de borla seria um bom negocio para o contribuinte, o dinheiro encaixado mais o que não tem que se desembolsar, é vantajoso. O pior vai ser para quem se servia da empresa para para tirar dividendos políticos, porque essa mama certamente irá acabar
De borla era cara, não é preciso ser economista, uma empresa que gera anualmente 80.000.000€ de PREJUÍZO, e é de BANDEIRA como algunbs abutres lhe chamam (convém chamar-lhe assim pois podem continuar a chamar os colegas para dela se servirem e não serem servidos , é uma diferença colossal), mas que para efectuar uma greve não quer saber dos Tugas que dela precisam e depois falam em serviço Público (tipo CP, METRO, CARRIS, STCP etc…).
Quase me senti “frustrado” por julgar ter perdido o senso comum!
Para o futuro da democracia prevalece um determinado “senso comum” que a recente sondagem genericamente confirma: Somos um povo tendencialmente dividido a meio (55%) disperso por utopias (10%) e do deixa andar (30%). O resto é parte da pirâmide invertida – Crianças
Entretanto descobri a imunidade ao cobertor do “bom senso” porque prevalecerá a natureza das coisas
Se esta empresa deu quase sempre prejuízo porque o brasileiro ainda lá continua a gerir aquilo e ainda não foi investigado e preso?
Ah pois é os negócios com a TAP no Brasil…
Os gestores de empresas públicas em Portugal afinal servem para encher a blusa pois nunca são chamados a responder pelos crimes económicos que cometem ou passam os dias a responder a comissões de inquérito na AR (para engordar comissões – quanto custa uma comissão de inquérito?) entretanto passam os rendimentos para a família ou contas offshore e quando, alguns, finalmente, são acusados de algo já é tarde pois coitadinhos quase estão falidos e sem nada.
No fim como dá prejuízo (só por má gerência) privatiza-se pois afinal está ali mais uma galinha com ovos de ouro e nalguns casos de o ovo sair sem ser de ouro o Estado chega-se á frente. (Técnica do pastor – quando nasce a ovelha é do pastor quando morre é do patrão)
Não se espera que o “consumidor” por direito domine o detalhe dos dossiers. O que não quer dizer que opine ao nível daquele mas, qdo as fontes se encontram disponíveis, ainda que subsista a necessidade de as saber escolher, pelo menos o exercício crítico assentará em melhor conhecimento das matérias