A TAP pediu ao Estado que garanta um empréstimo de 350 milhões de euros, mas há instituições bancárias dispostas a financiar até um montante de três mil milhões de euros, desde que haja garantia do Estado.
A companhia aérea aguarda uma decisão do Governo sobre o pedido que lhe fez há mais de um mês: uma garantia de Estado que lhe permita obter os 350 milhões de euros que considera necessários para enfrentar os impactos da pandemia de covid-19.
De acordo com o Expresso, a TAP já garantiu disponibilidades de financiamento muito acima desse valor, à volta de três mil milhões de euros. Para já, precisa de 350 milhões, mas já realidade já garantiu cerca de três mil milhões de euros de manifestações de disponibilidade de empréstimo da parte de bancos e fundos internacionais, não só chineses como também europeus.
O Governo tem-se mantido em silêncio, mas pressão tem vindo a aumentar. No entanto, se o apoio do Estado é garantido em Portugal – ficando apenas por conhecer a modalidade, também é provável que o Governo só avance com o apoio impondo condições.
O semanário adianta que a presença na comissão executiva ou o reforço da participação no capital são algumas das hipóteses em cima da mesa. O Estado tem 50% da TAP, estando 45% nas mãos dos dois acionistas privados – David Neeleman e Humberto Pedrosa – e o restante entregue a trabalhadores.
No entanto, o cenário de uma nacionalização parece afastado, atendendo inclusivamente às soluções que vão surgindo na Europa, nomeadamente a solução encontrada para a Air France-KLM – o governo francês decidiu apoiar a Air France através de um “mecanismo de apoio” no montante de sete mil milhões de euros.
O mecanismo baseia-se num empréstimo de quatro mil milhões de euros por um sindicato bancário, garantido a 90% pelo Estado francês, com maturidade a 12 meses e a opção de duas extensões consecutivas de um ano, e um empréstimo direto do Estado no montante de três mil milhões de euros, com maturidade de quatro anos e opção de duas extensões consecutivas de um ano.
Um pouco tempo antes da pandemia o Senhor Neelman mostrou interesse em vender a sua parte na TAP, a duas empresas de aviação, uma Alemã e outra Norte Americana, de onde se conclui que não estava interessado em continuar como acionista da nossa companhia de aviação, ou porque não via lucros ou porque não se sentia capaz de recuperar as dividas da mesma, pelo contrário o senhor Pedrosa como bom português afirmou que não estava na disposição de vender a sua parte.
Face a esta situação na minha opinião se o estado tiver de injetar dinheiro e ser avalista de outros três mil milhões de euros, o estado português só tem uma atitude a tomar pagar ao senhor Neelman a sua parte na TAP, mas deduzidos os prejuizos a que esse senhor deixou chegar a empresa e nacionalizar a empresa.
Caso não o faça e injetar dinheiro na empresa só estará a valorizar o capital do senhor Neelman e após a TAP estar estabilizada esse senhor voltará a querer vender a sua parte com lucros á custa do dinheiro de todos nós.
Deixo esse meu depoimento ao Senhor Primeiro Ministro.