O fim da política ‘Covid Zero’ originou números preocupantes. Austrália também passa a exigir testes a quem chega da China.
Aumenta a lista de países preocupados com os números da COVID-19 que chegam da China.
Desde o dia 7 de Dezembro que as medidas muito apertadas foram suspensas pelas autoridades chinesas.
No entanto, o fim da política “Covid Zero” originou um aumento significativo dos casos de coronavírus no país.
Na China, a partir do próximo domingo, vai deixar de ser obrigatória a quarentena a pessoas que cheguem de outro país.
Por outro lado, na Europa, e preocupados com a propagação do vírus no país onde tudo começou, Espanha, França, Itália Reino Unido passaram a exigir teste negativo para pessoas que chegam da China.
Japão já tinha feito o mesmo, EUA, Canadá e Marrocos também e agora foi a Austrália a anunciar essa medida.
Neste domingo, no primeiro dia de 2023, o ministro da saúde Mark Butler explicou: “Esta medida é uma resposta à onda significativa de infeções de COVID-19 na China e ao potencial para o aparecimento de variantes do vírus nesse país”.
Butler disse que as autoridades chinesas não fornecem “informação completa” sobre o que está a acontecer na China, em relação à pandemia.
Portugal não está a aplicar restrições a quem vem da China. Mas isso pode mudar na próxima quarta-feira, dia de reunião dos Estados-membros da União Europeia, sobre o assunto.
Xi Jinping, presidente da China, afirmou na sua mensagem de Ano Novo que a “luz da esperança está à frente” porque a China está “a entrar numa nova fase” do controlo da pandemia.
Taiwan quer ajudar
Entretanto, chega uma oferta de ajuda de onde, provavelmente, muitos chineses não esperavam: de Taiwan.
“Estamos prontos a fornecer à China assistência com base em preocupações humanitárias, enquanto houver necessidade”, anunciou a presidente Tsai Ing-wen, na sua mensagem de Ano Novo.
Nos últimos meses o ambiente entre China e Taiwan tem sido particularmente tenso: teme-se uma invasão chinesa a Taiwan.
Pequim reivindica Taiwan como sendo parte do território da República Popular da China e, ainda na segunda-feira passada, segundo as autoridades de Taiwan, 71 aviões e cinco navios militares chineses realizaram manobras perto da ilha.
Os EUA devem avançar com venda de armas para Taiwan e a China já reagiu. Nesta sexta-feira Zhu Fenglian, porta-voz do Conselho de Estado, avisou que essa intenção “prejudica a paz e a estabilidade” no local.
“Pedimos que os Estados Unidos da América respeitem o princípio de Uma Só China e os três comunicados conjuntos China-EUA. E que cumpram seu compromisso de não apoiar a ‘independência de Taiwan’ e parem com as vendas de armas para Taiwan e o contacto militar com Taiwan”, comentou Zhu Fenglian.
Tsai Ing-wen, presidente de Taiwan, também falou sobre a relação com a China na sua mensagem de Ano Novo, defendendo a paz: “A guerra nunca foi uma opção para resolver problemas. Só o diálogo, a cooperação e o objectivo comum de promover a estabilidade e o desenvolvimento na região podem fazer com que mais pessoas se sintam seguras e felizes”.
“Temos o dever comum de manter a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan e na região”, defendeu Tsai Ing-wen.
Coronavírus / Covid-19
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