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No campeonato das democracias, Portugal cai. Na precariedade, estamos no topo

Portugal chegou a ser o 8.º classificado entre as democracias, agora está no 26.º posto. No ano passado havia 17,6% de contratos precários no país

Portugal ocupa o 26.º lugar entre os países mais democráticos do mundo, numa tabela com 179 países — e, já sabíamos, não é uma democracia plena.

A tabela anual do Variety of Democracies, partilhada neste domingo pelo jornal Público, mostra agora uma queda de quatro lugares em relação a 2022.

Há dois anos Portugal ocupava a 22.ª posição, num “campeonato” onde chegou a ocupar o 8.º posto, em 2019.

71 indicadores estão na base desta lista: liberdades cívicas, sistema judicial, controlo dos parlamentos, entre muitos outros.

Portugal caiu essencialmente nos critérios seguintes: media, sistema de justiça, qualidade da administração pública e tendência das maiorias parlamentares depois da “geringonça”.

Tiago Fernandes, coordenador do estudo em Portugal, disse que, apesar da queda, Portugal está na “casa dos 20% dos países mais democratas do mundo“.

A Dinamarca é o país mais democrático. Seguem-se Suécia e Estónia. No fundo estão Myanmar, Coreia do Norte e Eritreia. O país europeu com pior classificação (173.º) é a Bielorrússia.

No topo da precariedade

Dentro da União Europeia, Portugal foi o segundo país com percentagem mais alta de contratos precários, em 2023.

Os números do Eurostat, mostra o Jornal de Negócios, colocam Portugal com 17,6% de contratos precários – mesmo assim abaixo, por exemplo, dos 22% em 2018.

Como precariedade, entenda-se temporário, sazonal, específico de formação ou estágio.

Portugal ultrapassou Espanha e Itália. Passou do quarto para o segundo lugar e, agora, só vê Países Baixos à sua frente, com uma taxa elevada de 27,2%.

Lituânia, Roménia, Letónia, Bulgária, Estónia e Eslováquia têm as percentagens mais baixas.

No ano passado a taxa de precariedade média foi 14,4% na Zona Euro e de 13,4% na União Europeia.

ZAP //

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