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As empresas tabaqueiras espanholas serão obrigadas a pagar pela limpeza das pontas de cigarro que os fumadores atiram para o chão, ao abrigo das novas regulamentações ambientais do país.
A medida entra em vigor na sexta-feira e faz parte de um conjunto de normas destinadas a reduzir o desperdício alimentar e aumentar a reciclagem – entre elas está a proibição de talheres, pratos, copos e cotonetes de plástico de utilização única, bem como de embalagens de plástico para alimentos.
As tabaqueiras serão também responsáveis por educar a população no sentido de não atirarem as pontas dos cigarros ao chão.
Embora ainda não esteja claro como a limpeza será implementada ou quanto custará, um estudo catalão aponta para um custo anual entre 12 e 21 euros por cidadão, um total de mil milhões de euros.
No início de 2023, o governo propôs a introdução de um esquema em que as pontas dos cigarros custariam 20 cêntimos cada, o que aumentaria em quatro euros o preço médio de um maço. Essa medida ainda não foi introduzida. Segundo avançou o Guardian, presume-se que as tabaqueiras irão incutir esse custo ao consumidor.
De acordo com os estatísticas governamentais de 2022, cerca de 22% dos espanhóis fumam – 16.4% de mulheres e 23,3% de homens. A média europeia é de 18,4%.
Apesar do grande número de fumadores, especialmente entre os jovens, a opinião popular favorece o aumento das restrições em locais públicos. Um inquérito recente revelou que 85% da população é a favor de mais restrições, com 72% a apoiar a proibição de fumar nos terraços de bares e restaurantes.
As pontas de cigarro levam cerca de 10 anos a decompor-se, tal como acontece com o arsénico e com o chumbo.
A ONG Ocean Conservancy relatou que as pontas de cigarro são a forma mais comum de poluição marinha, mais presente do que os sacos e garrafas de plástico. É proibido fumar em cerca de 500 praias espanholas, incluindo dez de Barcelona.
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