O presidente do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, que inclui o maior hospital do país, o Santa Maria, e o Pulido Valente, admite que é incerto quanto tempo vai demorar a suspensão de todas as atividades não urgentes, nomeadamente atividade cirúrgica.
Em declarações à TSF, Daniel Ferro conta que a circular enviada esta quarta-feira aos diferentes serviços formalizou algo que já estava combinado, pois era “fundamental” e “inevitável” mobilizar mais profissionais para a resposta à pandemia, sem prejudicar a vida dos doentes não-covid.
De acordo com o médico, a estratégia “tem sido gradual, é uma medida que já leva alguns dias e o apelo, a partir de agora, é para apenas salvaguardar situações prioritárias. Até aqui algumas situações foram limitadas e reduzidas, mas agora queremos mobilizar recursos ao máximo da capacidade”, refere.
O presidente sublinha que a pressão neste centro hospitalar é idêntica à que existe noutras zonas do país, com um aumento de internamentos infetados com o novo coronavírus. “À medida que passa o tempo, cada semana tem aumentado o número de doentes a precisar de cuidados intensivos”, sendo necessário ir mobilizando cada vez mais recursos para este lado.
Relativamente ao tempo que irá durar a suspensão de atividades não urgentes “tanto pode ser duas semanas como dois meses”, adianta Daniel Ferro, que explica que tudo depende do ritmo de avanço das infeções e da “atitude e comportamentos da população face à pandemia”.
Segundo o responsável pelo centro hospitalar, é a conduta dos portugueses “que vai determinar as necessidades que teremos e o período em que estarão no nível máximo”, rematou.
Coronavírus / Covid-19
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