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Duas listas em dois dias, suspeita no Mundial 2030: espanhóis deixaram Vigo de fora

(dr) RC Celta

Estádio de Balaídos, Vigo

Jornal espanhol fala mesmo em “manipulação” dos pontos. Federação assegura que foi apenas uma “decisão técnica”.

O Mundial 2030 de futebol vai ser realizado em seis países. Um deles é Portugal, outro é Espanha – onde surgem suspeitas sobre dois estádios.

Ainda não está fechado, mas a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) tem uma lista inicial de 11 estádios, 11 propostas. Os dois palcos em causa são o Estádio Municipal Balaídos e o Anoeta Reale Arena, respectivamente casas do Celta de Vigo e Real Sociedad.

Após avaliação aos estádios, na primeira lista o estádio de Vigo era o 11.º classificado; ou seja, o último da lista que iria ser apresentada à FIFA. Tinha 10,2004 pontos, pouco mais do que o recinto da Real Sociedad (10,1226 pontos), o mais bem posicionado dos estádios excluídos.

Mas, apenas dois dias depois, o documento foi alterado. Foi “manipulado”, segundo o El Mundo: o Anoeta passou a ter 10,6026 pontos e por isso superou o estádio do Celta – que assim ficou de fora.

Um ponto essencial para esta alteração de última hora foi a parte do “projecto técnico”, mais concretamente o “nível de intervenção que será necessário realizar”.

A avaliação aos estádios foi feita com base nos critérios que a FIFA utilizou para o Mundial 2027 feminino.

Ou seja, o estádio do Celta de Vigo estava garantido na lista da RFEF (há e-mails que o provam), mas a segunda lista – e final – excluiu a sede na Galiza. E muito perto de Portugal, diga-se.

Abel Caballero, presidente da Câmara Municipal de Vigo, pede que a federação explique o que aconteceu: “Tudo o que peço é que nos digam que dados sustentam a exclusão de Vigo. Que o digam e que o tornem público. Se forem dados assim tão óbvios, nada vai acontecer, vamos apenas vê-los e pronto”.

Rafael Louzán, presidente da RFEF, recusa revelar dados porque a federação não é obrigada a isso, não é uma entidade pública. Diz apenas a alteração foi feita por uma “decisão técnica, na qual trabalharam mais de 20 pessoas”.

Fontes da federação explicaram mais tarde ao El Mundo: “Afinaram-se alguns critérios objectivos, de acordo com as regras da FIFA”. Foi uma alteração técnica, reforçam, porque o estádio da Real Sociedad não precisa de obras. Prioridade para “critérios de sustentabilidade”, acrescentam.

ZAP //

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