O surto de listeriose em Espanha que já infetou cerca de 200 pessoas fez, esta terça-feira, a segunda vítima mortal.
Segundo a TSF, a segunda vítima mortal é uma mulher de 74 anos, que estava internada num hospital em Sevilha. A primeira vítima mortal foi uma mulher de 90 anos.
Espanha está a enfrentar o seu pior surto de listeriose, sendo a região da Andaluzia a mais afetada. Há cerca de 200 pessoas infetadas. Em causa está um lote de carne da marca La Mechá e produzido pela empresa Magrudis.
Ontem, a empresa de Sevilha assegurou que a fábrica tinha um protocolo diário de limpeza e de higiene e que foram tomadas todas as medidas para evitar situações como esta, sendo que, “dias antes de a carne ser embalada”, um relatório externo à Magrudis certificava que a carne “não tinha listeria”.
A listeriose é uma infeção alimentar que pode ser contraída ao ingerir produtos contaminados pela bactéria Listeria monocytogenes, tendo sintomas iniciais parecidos com os de uma gripe, como febre e dores de cabeça.
São considerados alimentos de risco carne crua ou mal passada, marisco, leite e derivados não pasteurizados, frutas e legumes crus ou mal lavados e alimentos processados.
Embora tenha uma taxa de mortalidade elevada — na ordem dos 20% — pessoas com uma saúde normal não precisam sequer de tratamento. Os grupos de risco, neste caso, são os idosos, os imunodeprimidos e as grávidas.
Em Portugal, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária esclareceu que a carne contaminada e os produtos com origem na Magrudis não são comercializados em território português.
O último surto de listeriose no nosso país aconteceu em 2011 e teve origem num queijo. 30 pessoas foram infetadas, sendo que onze morreram. Já em 2016, foi detetada a presença desta bactéria em queijos produzidos pela Cooperativa de Produtores da Beira Baixa, em Idanha-a-Nova, tendo sido destruídos 29 toneladas deste produto.