Proposta do Governo para PSP e GNR tem como base o salário do comandante-geral da GNR. “Bastante insuficiente”.
O Governo propôs esta quinta-feira um suplemento de missão aos elementos da PSP e da GNR entre os 365,13 e os 625,94 euros. Isto representa um aumento até 75 euros, revelou o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda.
César Nogueira avançou que este novo suplemento de missão, que tem como referência o vencimento base do comandante-geral da Guarda Nacional Republicana, vai substituir o atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança.
No final da reunião com a ministra da Administração Interna, o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) classificou esta primeira proposta do Governo de “muito má”, indicando que os elementos das forças de segurança teriam, com isto, um aumento até 75 euros.
Segundo a proposta apresentada às cinco associações socioprofissionais da GNR, os oficiais passariam a ter um suplemento de missão de 12% da remuneração base do comandante-geral da GNR, que é de 5.216,23 euros, enquanto a percentagem para os sargentos é de 9% e para os guardas de 7%.
Os oficiais da GNR teriam um aumento de 625,94 euros, os sargentos 469,46 euros e os guardas 365,13 euros.
“Abananado”
“Estes números são bastantes insuficientes e é uma proposta muito abaixo do que estávamos à espera”, disse César Nogueira, dando conta de que agora será apresentada uma contraposta na reunião de 15 de maio.
O presidente da APG considerou o valor apresentado pela tutela “irrisório” e não acredita que exista “uma grande margem” durante as negociações.
“A proposta do Governo divide em categorias profissionais: guardas, oficiais e sargentos. Só por aí já é um erro porque o risco é igual para todos. O risco não pode ser dividido por categorias. Não ficamos agradados com esta proposta. 7, 9 e 12%. Em alguns casos dá um valor inferior ao que é auferido a cada profissional”, afirmou.
César Nogueira sustentou que ficou “abananado” quando a ministra apresentou a proposta, frisando que será “muito difícil segurar a indignação dos profissionais”, mas não avançou para já com protestos.
“Atónito”
O presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia disse que os polícias se sentem “extremamente injustiçados” com a proposta apresentada pelo Governo, considerando que nem “chega sequer a ter dignidade para ser uma proposta”.
“Já há muito tempo que não me sentia tão atónito. Sentimo-nos extremamente injustiçados com este pontapé de saída. É uma proposta que não chega sequer a ter dignidade para ser uma proposta”, disse aos jornalistas Bruno Pereira, no final de uma reunião com a ministra da Administração Interna.
Com este novo suplemento de missão, que tem como referência o vencimento base do diretor-nacional da PSP, há polícias que ficam com um vencimento inferior ao que auferem atualmente, segundo os sindicatos.
“Esperamos que agora com a nossa contraproposta exista senso para discutir isto e levar a um porto que seja aceitável e razoável”, precisou Bruno Pereira, que é também porta-voz da estrutura que congrega os sindicatos da PSP e associações socioprofissionais da GNR.
Segundo Bruno Pereira, a plataforma vai apresentar à ministra uma contraproposta na próxima reunião, que se realiza a 15 de maio.
Bruno Pereira afirmou que para já os sindicatos “não pensam em protesto”, uma vez que esperam que “a partir do dia 15 haja uma verdadeiramente discussão justa e digna”.
Os polícias exigem um suplemento de missão idêntico ao que o anterior Governo socialista atribuiu à Polícia Judiciária, que alguns casos foi de um aumento de 700 euros.
ZAP // Lusa
75 euros, uma desilusão??!!
Pois bem, quando uns não querem….
Para muitos trabalhadores portugueses, e para quem trabalhou a vida inteira, é um aumento considerável…
Ficamos à espera…