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Suécia vai reconhecer Estado da Palestina

magneh / FLickr

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A Suécia vai reconhecer o “Estado da Palestina”, anunciou esta sexta-feira o primeiro-ministro Stefan Lofven, sublinhando que a solução do conflito israelo-palestiniano passa pela criação de dois Estados.

“Uma solução de dois Estados supõe um reconhecimento mútuo e a vontade de uma coexistência pacífica. É por isso que a Suécia vai reconhecer o Estado da Palestina”, declarou Stefan Lofven no seu discurso de tomada de posse no parlamento.

Bengt Nyman / Wikimedia

O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven

O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven

Devem respeitar-se “as exigências legítimas quer dos palestinianos quer dos israelitas quanto à sua autodeterminação e à sua segurança”, defendeu.

O novo governo sueco formado esta sexta-feira, que integra os sociais-democratas e os verdes, é mais favorável à causa palestiniana que o anterior, que seguia a linha dos grandes países da Europa Ocidental na questão.

O reconhecimento do Estado palestiniano e o apoio “ativo ao trabalho de reconciliação” estão entre as prioridades do partido social-democrata, que quer igualmente que “os crimes de guerra de Israel sejam analisados e que o bloqueio a Gaza seja levantado”.

O primeiro-ministro sueco não precisou se o reconhecimento por Estocolmo do Estado palestiniano será sujeito ao voto do parlamento, no qual o governo é minoritário.

EUA consideram qualquer reconhecimento “prematuro”

Os EUA preveniram entretanto que qualquer “reconhecimento internacional de um Estado palestiniano” será “prematuro”.

A porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki, reafirmou o “apoio” de Washington ao princípio de um “Estado palestiniano”, mas através de um processo de paz, de uma “solução negociada” e do “reconhecimento mútuo” entre palestinianos e israelitas.

Os EUA, e o seu secretário de Estado, John Kerry, promotores da retoma do diálogo direto entre israelitas e palestinianos, entre julho de 2013 e abril, sempre defenderam “uma solução de dois Estados vivendo lado a lado”, lembrou Psaki.

Mas “são as partes que devem querer e poder ir em frente”, acrescentou.

/Lusa

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