Sucessão de Pedro Nuno e a aposta da AD. Partidos já preparam o pós-eleições

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António Pedro Santos / Lusa

O secetário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos

Já se tiram conclusões do dia seguinte às eleições legislativas deste domingo com vários cenários em cima da mesa. AD já fala na vitória e confia em Montenegro, PS a preparar-se para o pior, com Pedro Nuno na “corda bamba”.

A campanha eleitoral está a terminar e o dia decisivo a chegar. Dos dois lados do espetro, já se prepara o dia seguinte — uns com confiança na vitória, outros com uma vassoura para apanhar os cacos.

Este último cenário começa a constituir uma possibilidade para certos partidos atualmente com representação na Assembleia da República.

Olhando para as mais recentes sondagens, este pode ser o caso do PAN e até mesmo o PCP, que correm o risco de ficar reduzidos a mínimos ou de desaparecer do hemiciclo.

No caso dos “dois grandes”, a dois dias das eleições, também se vão tirando conclusões — embora muito diferentes.

Se a Aliança Democrática (AD) já só vê a vitória à frente, o Partido Socialista (PS) não está tão confiante: os socialistas já discutem, avança o Nascer do SOL esta sexta-feira, a sucessão do secretário-geral, Pedro Nuno Santos.

O plano da Aliança

No PSD, a narrativa de uma vitória faz-se notar cada vez mais, e um cenário em que Luís Montenegro não vence as eleições já não se coloca, escreve o semanário.

A AD prepara-se para repetir a história açoriana e apresentar a Marcelo Rebelo de Sousa uma solução de governo minoritário em acordo de governo ou parlamentar com a Iniciativa Liberal (IL).

O plano será fazer com que Pedro Nuno cumpra a promessa de não colocar um travão num governo AD/IL, como garantiu no início da campanha eleitoral.

Caso a esquerda decida deitar o seu governo abaixo, Montenegro antevê maioria absoluta, mas dentro da pré-coligação que une o PSD ao CDS e PPM haverá quem não queira “lançar foguetes antes da festa”.

Já se fala na sucessão de Pedro Nuno Santos

No ambiente socialista, teme-se um “tombo” pesado, avança o jornal. Há dois cenários, em caso de derrota. Tudo depende dos resultados finais.

Se o PS perder as eleições por uma margem mínima, o secretário-geral Pedro Nuno Santos, que chegou ao cargo em meados de dezembro de 2023, irá seguir na liderança do partido, tal como aconteceu com Ferro Rodrigues em 2002, depois da demissão de António Guterres e da marcação de eleições antecipadas.

No entanto, caso se venha a desenrolar o cenário mais temido — uma derrota na ordem dos 25% dos votos para baixo — já há nomes a bailar nos corredores socialistas para a sucessão na liderança.

O primeiro nome é o de José Luís Carneiro, que estará a ser pressionado para decidir rapidamente e a desafiar a liderança de Pedro Nuno. No entanto, avança o semanário, não o quer fazer antes das eleições europeias de junho.

Carneiro, que lutou pelo lugar de secretário-geral contra Pedro Nuno até dezembro, conseguiu um terço dos votos para a futura bancada socialista, em negociação com o próprio líder do PS, tendo isso como vantagem.

Pedro Marques, Ana Catarina Mendes, Fernando Medina e Marcos Perestrelo são outros nomes que chegam aos ouvidos para a sucessão, em caso de derrota do PS.

ZAP //

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5 Comments

  1. Tal é o entusiasmo balofo, que até se enganam.
    Não é a sucessão de Pedro Nuno Santos que está a ser preparada.
    É a sucessão de Luís Montenegro. (a nenos que ele roa a corda e aceite governar com o Chega).

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  2. Unica e simplemeste, uma catástrofe. A “viragem” à direita é a realidade. A esquerda, o Estado sentado no Povo, está com os dias contados. Um modelo de governação com provas dadas, URSS, Cuba, Vemezuela, USA, etc.
    Alternativa?
    A maior parte das pessoas são adversas à mudança. Continuar a aposta na mesma fórmula não dá resultado diferente.

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  3. Duarte Amorim,
    Quer comparar a governação de Portugal com a URSS, Cuba, Venezuela?
    Que filmes anda a ver,?
    Isso é fanatismo de extrema direita, venha o diabo e escolha entre vocês fascistas e os países que indicou .

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  4. Idiotas de esquerda.
    Aqui, ser menos à esquerda é ser de extrema direita. ..
    Se as pessoas em Portugal fossem de extrema direita já estavam muitas limpezas feitas à extrema esquerda, não seria assim?
    Em portugal não há direita. Há esquerda ligeira (que ultimamente se chama de extrema esquerda), há esquerda, há esquerdissima e sim, também há extrema esquerda.
    É que já ninguém os atura. E depois acham estranho que lhes esteja a fugir a terra debaixo dos pés…

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  5. Antonio Machado,
    Espero que não seja familiar do assassino Mário Machado, apoiante do chega e de extrema direita.
    Quando alguém compara a governação de Portugal com URSS, Cuba, Venezuela (esqueceu-se da Coreia do Norte), não é ser idiota, é ser ….. acho que é preferível nem dizer.

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