O Ministro do Trabalho, Vieira da Silva, revelou esta quarta-feira que a subida do salário mínimo deverá beneficiar pelo menos 650 mil trabalhadores, e garantiu que o Governo não se propõe com isso promover o desemprego.
“O objetivo do Governo não é, naturalmente, produzir desemprego com o aumento do salário mínimo nacional. É, pelo contrário, auxiliar a economia portuguesa com um novo impulso também do lado do rendimento das famílias, em particular das famílias com menores rendimentos”, disse o ministro.
“É um ponto quase unânime na sociedade portuguesa e na concertação social que o valor do SMN é um valor baixo”, acrescentou Vieira da Silva.
“Com esta alteração não é absolutamente certo fazer uma previsão do número de trabalhadores envolvidos, mas a estimativa do Governo aponta para um mínimo de 650 mil trabalhadores beneficiado pelo aumento do Salário Mínimo Nacional”, estima o governante.
O salário mínimo nacional é actualmente de 505 euros brutos, tendo sido aprovada esta quarta-feira a sua subida para 530 euros.
Segundo Vieira da Silva, a medida, que entra em vigor em 2016, “não contou com a oposição de nenhum parceiro social”.
Não foi no entanto celebrado um acordo formal “por ausência de consenso total em torno de outras propostas constantes do acordo”, refere um comunicado do executivo enviado às redacções.
Ainda assim, segundo o Negócios, Vieira da Silva não põe de parte a ideia de chegar a acordo com os parceiros sociais para 2016.
“A questão do acordo para 2016 não está ainda completamente encerrada”, diz o ministro, que realça que “há vontade para negociar tanto por parte de sindicatos como patrões”.
ZAP
