Foi premiado em Bruxelas com uma bolsa de 50 mil euros. Chama-se SpraySafe, foi desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Bragança e é feito à base de materiais orgânicos e comestíveis.
Um spray criado por portugueses para substituir o plástico na conservação dos alimentos e reduzir as embalagens, foi esta quinta-feira premiado em Bruxelas, no concurso de Inovação Social da Comissão Europeia, recebendo uma bolsa de 50 mil euros.
Segundo informação do executivo comunitário enviada à agência Lusa, o projeto SpraySafe, promovido pelo Centro de Investigação de Montanha do Instituto Politécnico de Bragança, é um dos três vencedores deste ano do Concurso Europeu de Inovação Social.
O SpraySafe é um spray baseado em ingredientes naturais, sustentáveis e comestíveis que visa ser uma alternativa ao plástico usado para a conservação dos alimentos, como embalagens e outros recipientes, mantendo as características da comida e evitando a oxidação e a contaminação.
Nesta edição dos prémios de Inovação Social, destinada ao combate ao uso do plástico, foram também premiadas iniciativas de empreendedores da República Checa (que criaram um sistema de distribuição e comercialização circular de produtos alimentares e não-alimentares com embalagens reutilizáveis) e de Espanha (uma ‘startup’ de biotecnologia que transforma resíduos orgânicos em plásticos biodegradáveis através da ação de bactérias).
Os três — que foram premiados entre 543 candidatos e de 10 finalistas — receberão uma bolsa de 50 mil euros da Comissão Europeia para a criação de soluções inovadoras para promoção da reutilização e reciclagem de plástico, incentivando ainda a mudanças de comportamento.
Distinguido este ano foi ainda um programa de aprendizagem criado por austríacos para prestar auxílio a jovens migrantes altamente qualificados na sua integração no mercado de trabalho local, ao qual foi atribuído do Prémio de Impacto.
O Prémio de Impacto é dado a um dos semifinalistas da edição do ano anterior do Concurso Europeu de Inovação como reconhecimento do impacto social positivo gerado pelo projeto desde o último concurso.
// Lusa