Difícil mas resolvido. O Sporting teve de lutar para levar de vencida o Paços de Ferreira em Alvalade por 2-0, aumentar para nove os pontos de vantagem para o Benfica e, pelo menos, manter a desvantagem em seis pontos em relação ao líder Porto.
O “leão” só a espaços na segunda parte, a partir da hora de jogo, sufocou verdadeiramente os “castores”, após as entradas de Ugarte e Marcus Edwards, mas no restante tempo sentiu muitas dificuldades para contrariar a boa organização visitante.
Pablo Sarabia, de penálti, abriu o activo na primeira parte, Nuno Santos (grande exibição) fechou as contas na segunda.
Primeiro remate, golo do Sporting. O jogo estava ainda algo incerto, apesar do ascendente leonino, até que o árbitro assinalou falta de André Ferreira sobre o isolado Paulinho, após visualização do VAR.
Na conversão, Pablo Sarabia (20′) não desperdiçou. Um tento que não melhorou o espectáculo. O Paços teve a motivação para atacar mais, em busca do empate, mas sem grandes ideias, pior ainda com a saída por lesão de Nico Gaitán.
Os “leões” também não mostravam grande dinâmica ofensiva, apostando nos passes longos para as costas da defesa do Paços para causar problemas (aliás, foi desta forma que nasceu o lance do 1-0).
Assim, a vantagem mínima premiava o campeão nacional, pela grande oportunidade de que dispôs, e nada mais.
O melhor ao intervalo era Paulinho, com um GoalPoint Rating de 6.0, pela grande penalidade conquistada, as três acções com bola na área do Paços e as três acções defensivas no meio-campo contrário.
O segundo tempo arrancou com alguma intranquilidade entre os homens da casa, no relvado e nas bancadas.
O Paços pegou no jogo, posicionou-se bem para recolher a maior parte das segundas bolas, teve mais posse nos minutos iniciais e atacou mais, com os “leões” incapazes de sair do seu meio-campo com critério e velocidade.
Só que sensivelmente a partir da hora de jogo, tudo mudou. Rúben Amorim tirou o amarelado João Palhinha e o apagado Pedro Gonçalves e lançou Manuel Ugarte e Marcus Edwards.
Os dois jogadores deram muito maior intensidade e agressividade ao jogo leonino e a “mesa” virou por completo, com o Sporting a criar os melhores lances a partir daqui.
Aos 70 minutos Pablo Sarabia acertou em cheio no ferro, após grande lance individual, e aos 72, Ugarte fez um passes espectacular que isolou Nuno Santos e este fez o 2-0, resolvendo o problema.
Melhor em Campo
Que jogão de Nuno Santos. É certo que a entrada de Ugarte virou o jogo a favor dos “leões” na segunda parte, mas o desempenho individual do ala-esquerdo do Sporting foi verdadeiramente irresistível.
Nuno Santos terminou com um incrível GoalPoint Rating de 9.0, graças não só ao golo que marcou e descansou a sua equipa, como também a uma ocasião flagrante criada em dois passes para finalização, 40 passes certos em 44, cinco conduções aproximativas e uma super aproximativa, bem como 12 recuperações de posse e três intercepções.
De longe o melhor em campo.
Destaques do Sporting
Paulinho 6.7 – O avançado foi fundamental no triunfo leonino. Começou por arrancar uma grande penalidade na primeira parte, que permitiu o 1-0 de Sarabia, fez dois passes para finalização, recebeu oito passes aproximativos e ganhou três de quatro duelos aéreos.
Manuel Ugarte 6.7 – O Paços entrou melhor na segunda parte, o Sporting deixou de ter bola, mas a solução estava no banco. Amorim lançou Ugarte aos 57 minutos para o lugar de Palhinha e o uruguaio virou o jogo, com agressividade, intensidade e critério. Foi sua a assistência para o 2-0 de Nuno Santos, fez dois passes para finalização, um de ruptura e acertou 20 de 23 passes.
Pablo Sarabia 6.5 – O espanhol foi um perigo constante. Além do golo que fez de penálti, foi o mais rematador da partida, com seis disparos, dois enquadrados, um à barra, somou dois passes para finalização, registou o máximo de acções com bola na área contrária (9) e contribuiu com quatro acções defensivas no meio-campo contrário. Foi penalizado por uma flagrante desperdiçada.
Sebastián Coates 6.3 – Um passe de ruptura, dois super aproximativos, nove recuperações de posse e dois bloqueios de remate foram os números principais de uma exibição sólida.
Marcus Edwards 6.0 – A entrada do inglês, a par de Ugarte, agitou o ataque leonino. Edwards acertou os 14 passes que realizou, fez dois para finalização e somou seis acções com bola na área contrária (segundo valor mais alto). A nota não é mais alta porque falhou duas ocasiões flagrantes.
Gonçalo Inácio 5.5 – Os centrais do Sporting não tiveram propriamente muito trabalho, pelo que Inácio destacou-se pelo passe, concluindo 70 dos 75 realizados (93%).
Pedro Gonçalves 5.5 – O goleador leonino da época passada está longe da inspiração desses momentos. Saiu aos 57 minutos com um passe para finalização, dois dribles completos e cinco passes certos em apenas sete realizados.
João Palhinha 5.5 – Sem energia, um pouco à imagem de “Pote”. Palhinha fez uma primeira parte muito discreta, melhorou um pouco na segunda, mas acabou por sair por estar amarelado. A equipa melhorou muito com a sua substituição. Ainda assim completou 90% dos passes que realizou, fez dois desarmes e outras tantas intercepções.
Matheus Reis 5.4 – Sofreu do mesmo “mal” dos colegas de defesa, o pouco trabalho defensivo que teve. Ainda assim registou oito recuperações de posse, o máximo de acções com bola (94) e de passes completos (80 de 85).
Pedro Porro 5.3 – O espanhol deu ideia de ter jogado um pouco em esforço. O destaque vai para um passe para finalização e dois super aproximativos. Pouco mais.
Matheus Nunes 5.3 – O mesmo aplica-se ao médio. O ponto alto da exibição de Matheus Nunes foi um remate ao ferro, nove recuperações de posse e três dribles completos em seis tentativas. Contudo, somou quatro desarmes sofridos, máximo do jogo.
Destaques do Paços
Marco Baixinho 5.9 – O Sporting nem estava a pressionar muito, mas quando o conseguiu fazer, a partir dos 60 minutos, o central teve de trabalhar bastante, terminando com a melhor nota dos “castores”, sobretudo devido aos quatro desarmes e aos dez passes longos certos em 12.
Nuno Lima 5.7 – O colega de sector, Nuno Lima, também teve de se aplicar, terminando com dez recuperações de posse. Perdeu foi quatro vezes a posse no primeiro terço…
Antunes 5.6 – De regresso a Alvalade, o lateral-esquerdo tentou desequilibrar pelo seu flanco, mas acabou por ter de recuar e fazer nove recuperações de posse, três desarmes e duas intercepções. Também perdeu quatro vezes a posse no primeiro terço.
Resumo
// GoalPoint