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Sony desiste de portáteis, vende Vaio e demite cinco mil

Ed Yourdon / Flickr

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O gigante japonês Sony anunciou hoje a supressão de cinco mil efetivos, dos quais 3.500 no estrangeiro, até março de 2015 no âmbito de um plano de medidas drásticas para pôr fim aos prejuízos.

O diretor executivo da Sony, Kazuo Hirai, que falava durante uma conferência de imprensa, não deu mais pormenores sobre a repartição das supressões de postos de trabalho. No final de março de 2013 a Sony tinha um total de 146.300 efetivos.

Além da supressão dos cinco mil postos de trabalho, o plano inclui a cedência da divisão do negócio dos portáteis Vaio ao fundo nipónico Japan Industrial Partners e a transformação da atividade das televisões em filiais.

A Sony vai abandonar os portáteis Vaio porque o negócio não é rentável e assim retirar-se do mercado, onde entrou há quase 20 anos. “Uma nova empresa vai ser criada. Será independente e gerirá todas as atividades respeitantes aos PC Vaio, cuja marca será conservada“, explicou o diretor executivo da Sony, Kazuo Hirai, durante uma conferência de imprensa.

A Sony começou a fabricar computadores portáteis em 1996, tendo registado um pico de vendas de quase nove milhões de unidades por ano, mas as vendas no ano fiscal de 2013 não ultrapassaram os 5,8 milhões de unidades, tornando a atividade deficitária.

A Sony é nono maior fabricante mundial de portáteis, mas a quota de mercado não ultrapassou os 1,9% entre janeiro e setembro de 2013.

“Nós vamos concentrar os nossos recursos nos smartphones e nos tablets“, justificou Hirai.

Para a atividade de produção e venda de televisões, deficitária há uma década apesar das numerosas medidas de redução de custos, a Sony vai criar uma empresa específica. “A TV continua a ter um papel vital como aparelho central de divertimento multimédia dos lares”, repetiu Hirai. “De momento, a Sony não tem qualquer projeto de separar deste negócio”, adiantou.

Apesar de tudo, a Sony referiu que as vendas da nova consola PlayStation 4, lançada em novembro, já vendeu mais de 4,2 milhões de unidades e que prevê vender mais de 40 milhões de smartphones durante o exercício que termina em março, mais sete milhões que ano anterior.

Quanto às atividades de música e cinema da Sony, estas asseguram uma base estável lucrativa, referiu o diretor financeiro.

/Lusa

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