Somos cada vez mais altos – e a culpa é do amor

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Nunca foi apenas genética. Fatores como a nutrição e até a atração sexual também  influenciaram a altura que o ser humano tem hoje.

Estamos cada vez mais altos. Várias pesquisas científicas já comprovaram que, antes, as pessoas eram muito mais baixas.

De acordo com um estudo recente da Statistics Norway, atualizado em janeiro, os homens aumentaram quase 10 centímetros de altura nos últimos 100 anos.

A altura média nos homens aumentou, assim, de 171 centímetros para 180,6 centímetros.

A conclusão surgiu depois de uma análise às medições de jovens-adultos noruegueses que entram para o exército, desde 1910.

Este estudo peca por não ter apurado esta estatística nas mulheres. No entanto, de acordo com a Science Norway, os investigadores sabem que as mulheres também têm acompanhado este crescimento.

“Um grande, grande amor”

É provável que nos tornemos cada vez mais altos, e este fenómeno pode ter várias explicações: as preferências sexuais são uma delas.

Diz o The Coversation que os homens altos são os preferidos das mulheres. Ora, tal preferência poderá fazer com que os humanos fiquem cada vez mais altos.

A teoria mais consensual continua, no entanto, a ser a de que o aumento do nosso tamanho – descontando o fator genético – tenha a ver com o nosso estilo de vida e cuidados de saúde, nomeadamente com uma alimentação cada vez mais rica.

Um estudo recente mostrou que o tipo de nutrição pode levar a uma diferença de 20 centímetros na altura dos jovens de diferentes países.

Até onde podemos crescer?

Em parte, o crescimento leva tempo, pelo que vidas mais longas significam mais tempo para crescer.

Os primeiros hominídeos eram pequenos, tinham cerca de 120 centímetros a 150 centímetros de altura.

Só que – impulsionados por diversos fatores – a esperança média de vida da nossa espécie foi aumentando ao longo dos tempos.

Não é por acaso que o Homo Erectus, o Neandertais e o Homo Sapiens foram aumentando sempre em tamanho.

Contudo, é provável que haja uma altura fisiológica máxima que podemos alcançar, acima da qual o nosso coração não seria capaz de bombear sangue eficazmente para o corpo todo.

Pensa-se que esse limite seja à volta dos 2,70 metros, que é a altura da pessoa mais alta de todos os tempos, Robert Wadlow.

De acordo com um estudo de 2021, ao longo de centenas de anos, a altura média global aumentou de forma constante, tendo, contudo, estabilizado, desde há cerca de 30 anos.

Miguel Esteves, ZAP //

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